tag:blogger.com,1999:blog-86567372723936576482024-03-13T08:42:57.676-07:00FEMINISMO e outras questões sociaisFeminismo e outras questões sociais.
(publicações sem periodicidade determinada)Thatahttp://www.blogger.com/profile/10469547086871884062noreply@blogger.comBlogger16125tag:blogger.com,1999:blog-8656737272393657648.post-70013998648162637792014-09-09T17:02:00.002-07:002014-09-09T17:15:57.444-07:00SORORIDADE - Alanis Morissette (vídeo legendado)<br />
<br />
<strong><span style="font-size: large;">"Sister Blister"</span></strong><br />
de Alanis Morissette <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dww0cJ8XAAv4U-lZDj_tXYR2Cbqj844qhK-fuHx4RhFNLRhlgnBhuEqJI4ZWgtQZ3XIJuAk9MI4rDtc5R1XlQ' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div>
<em></em><br />
<em></em><br />
Fonte: <a href="http://www.youtube.com/watch?v=krPsXdvQXCs">http://www.youtube.com/watch?v=krPsXdvQXCs</a><br />
<br />
<br />
<br />
<span style="color: #351c75; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><em><strong>"(...)</strong></em></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><em><strong><span style="color: #351c75;">Sister blister, we fight to please the brothers<br /> We think their acceptance is how we win<br /> They're happy we're climbing over each other<br /> To beg the club of boys to let us in</span></strong></em></span><br />
<span style="color: #351c75; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><em><strong>(...)<br />But such a cost to dishonor a sister<br /><br />You and me have made it harder for the other<br /> We forget how hard separatism has been</strong></em></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><em><strong><span style="color: #351c75;">(...)"</span></strong></em></span><br />
<strong><em><span style="color: #351c75; font-family: Arial;"></span></em></strong><br />
Thatahttp://www.blogger.com/profile/10469547086871884062noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8656737272393657648.post-16864589970022200312014-08-24T14:00:00.002-07:002014-08-24T14:02:23.276-07:00Como as Políticas do Orgasmo Sequestraram o Movimento Feminista<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Texto originalmente publicado em:</span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<i><u><span style="color: #0b5394;"><span style="background-color: #fff2cc;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: x-small;">http://hysterocracya.blogspot.com.br/2009/10/como-as-politicas-do-orgasmo.html</span></span></span></span></u></i></div>
<br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<i><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Por</span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"> que o orgasmo seduziu tantas feministas – até a revista Ms. – a uma contra-revolução interna?</span></i><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Sheila Jeffreys </span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">A edição de novembro/dezembro de 1995 da revista Ms., com o título de capa SEXO QUENTE E ESPONTÂNEO, mostrava o close de uma mulher negra lambendo seus lábios pintados. A despeito de todo esforço feminista que tem sido feito nos últimos 25 anos para criticar e contestar a construção supremacista masculina do sexo, nenhum dos quatro artigos da revista fazia menção a todos os outros aspectos da vida e do status social da mulher. Em destaque em um dos artigos estava uma frase do livro de Barbara Seaman de 1972, intitulado Livre e Mulher: “O orgasmo livre é um orgasmo que você gosta, em qualquer circunstância”. Julgando por essa edição de Ms., e pelas prateleiras de contos eróticos para mulheres em livrarias feministas, uma política de orgasmo irreflexiva parece ter se estabelecido. </span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><b>No final da década de 1960 e no começo da década de 1970, acreditava-se amplamente que a revolução sexual, ao libertar a energia sexual, tornaria todos livres. </b>Eu me lembro de Maurice Girodias, que publicou A História do O em Paris pela Olympia Press, dizendo que a solução para regimes políticos repressivos seria postar pornografia em todas as caixas de correio. Orgasmos melhores, proclamou o psicanalista austríaco Wilhelm Reich, criariam a revolução. </span><b><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Naqueles tempos inebriantes, muitas feministas acreditavam que a revolução sexual estava intimamente ligada à libertação das mulheres, e elas escreviam sobre como orgasmos poderosos trariam poder às mulheres. </span></b><br />
<b><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span></b><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Dell Williams é citado em Ms. como tendo aberto uma sex shop em 1974 exatamente com essa idéia, a de vender brinquedos sexuais para mulheres: “<i>eu queria transformar as mulheres em seres sexuais poderosos... Eu acreditava que mulheres orgásmicas poderiam mudar o mundo</i>.” </span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Desde os anos 60, <b>sexólogos, libertários sexuais e empresários da indústria do sexo procuraram discutir o sexo como se fosse completamente dissociado da violência sexual e não tivesse nenhuma relação com a opressão de mulheres. Enquanto isso, teóricas feministas e ativistas anti-violência aprenderam a analisar o sexo politicamente. Nós vimos que o domínio masculino sobre os corpos de mulheres, sexualmente e reprodutivamente, provê a base da supremacia masculina, e que a opressão na sexualidade e através dela diferencia a opressão de mulheres da de outros grupos</b>. </span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><i>Se nós temos alguma chance de libertar as mulheres do medo e da realidade do abuso sexual, a discussão feminista da sexualidade deve incorporar tudo que sabemos sobre violência sexual ao que pensamos sobre sexo</i>. <b>Mas atualmente conferências feministas oferecem workshops separados, em locais diferentes, de como aumentar o “prazer” sexual e de como sobreviver à violência sexual – como se esses fenômenos fossem isolados</b>. Mulheres que se intitulam feministas agora afirmam que a prostituição pode ser benéfica às mulheres, para expressar sua “sexualidade” e fazer escolhas de vida empoderadoras. Outras promovem às mulheres práticas e produtos da indústria do sexo com fins lucrativos, na forma de striptease lésbico e parafernália de sadomasoquismo. Existem agora setores inteiros de comunidades femininas, lésbicas e gays onde <b><span style="background-color: yellow;">qualquer análise crítica da prática sexual é vista como um sacrilégio, estigmatizada como “conservadorismo”</span></b>. <i>A liberdade é representada como a conquista de orgasmos mais intensos e melhores por qualquer meio possível</i>, incluindo “leilões sexuais”, prostituição de mulheres e homens, e danificação física permanente como branding. <b>Formas tradicionais de sexualidade supremacista masculina baseadas na dominação e submissão e a exploração e objetificação da classe escravizada de mulheres estão sendo celebradas por suas possibilidades excitantes e “transgressoras</b><b>”</b>. </span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Bem, a pornografia está nas caixas de correio, e os artefatos para orgasmos cada vez mais poderosos estão prontamente disponíveis através da indústria internacional do sexo. <b>E em nome da libertação feminina, muitas feministas hoje em dia estão promovendo práticas sexuais que – longe de revolucionar e transformar o mundo – estão profundamente envolvidas nas práticas do bordel e da pornografia</b>. </span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Como isso pode ter acontecido? Como pode a revolução das mulheres ter entrado em curto-circuito? Eu sugiro que há quatro razões. </span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><br />
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><u><span style="background-color: #ffe599;">Razão Número 1</span></u><br /><span style="background-color: #ffe599;"><u>Vítimas da indústria do sexo tornaram-se “experts” do sexo.</u> </span></b></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">O capitalismo sexual, que encontrou uma forma de transformar em bem consumível praticamente todo ato de subordinação sexual imaginável, encontrou até mesmo uma forma de remodelar e reciclar algumas de suas vítimas. Como resultado, um grupo de <i>mulheres que têm uma história de abuso e aprenderam sua sexualidade servindo aos homens na indústria do sexo agora podem, frequentemente com o patrocínio de empresários homens da indústria do sexo, promover-se como educadoras sexuais nas comunidades lésbicas e feministas</i>. Algumas dessas mulheres “bem-conceituadas” – <i>que dificilmente representam a maioria das vítimas da indústria do sexo </i>– conseguiram lançar revistas como a On Our Backs (para praticantes de 'sadomasoquismo lésbico') e montar negócios de striptease e pornografia. Muitas mulheres aceitaram erroneamente essas mulheres, antes prostituídas, como “experts” sexuais. Annie Sprinkle e Carol Leigh, por exemplo, reintroduziram práticas misóginas da indústria do sexo em comunidades femininas. <i>Essas mulheres lideraram a ridicularização direcionada àquelas de nós que disseram que o sexo pode e deve ser diferente</i>. </span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Ao mesmo tempo, algumas mulheres que lucraram com o livre mercado capitalista nos anos 80 exigiram igualdade sexual e econômica em relação aos homens. Elas escaparam, e agora querem usar as mulheres como homens o fazem, então consomem pornografia e demandam por clubes de striptease e bordéis onde mulheres as sirvam. Essa não é uma estratégia revolucionária. Não há aqui uma ameaça ao privilégio masculino, ou uma chance de libertar outras mulheres de seu status sexual subordinado. E, mais uma vez, os homens se tornaram o padrão para todas as práticas sexuais.</span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span><br />
<a name='more'></a><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Mulheres anteriormente prostituídas que promovem o sexo da prostituição – mas que agora são pagas para palestrar e publicar – passam uma mensagem que até mesmo algumas feministas consideraram mais palatável que todas as visões e idéias que nós compartilhamos sobre como transformar o sexo, como nos amarmos em igualdade como base para um futuro no qual as mulheres poderiam ser realmente livres. </span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><br />
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span>
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><u><span style="background-color: #ffe599;">Razão Número 2</span></u><br /><u><span style="background-color: #ffe599;">O sexo da prostituição foi aceito como o modelo padrão para sexo</span></u></span></b><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">.</span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Nós não podemos construir uma sexualidade que torne possível que mulheres vivam sem terrorismo sexual sem abolir o abuso de mulheres pelos homens na prostituição. Dentro do movimento feminino, no entanto, o sexo da prostituição tem sido defendido e promovido. Shannon Bell em Reading, Writing and Rewriting the Prostitute Body (1994) argumenta que a <i>mulher prostituída deve ser vista como “trabalhadora, curadora, representante sexual, professora, terapeuta, educadora, minoria sexual e ativista política</i></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">.”</span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><i> </i>Nesse livro a representante das Prostitutas de Nova Iorque Veronica Vera é citada dizendo que deveríamos <i>pensar as profissionais do sexo como “praticantes de um ofício sagrado”</i></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">, </span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">afirmando que sexo (presumidamente qualquer tipo de sexo incluindo o sexo da prostituição) é uma <i>“ferramenta de poder curativo e construtivo”</i></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">. </span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><b>Mas na verdade o mecanismo mais poderoso hoje em dia para a construção da sexualidade masculina é a indústria do sexo</b>. </span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><b>A prostituição e sua representação na pornografia criam uma sexualidade agressiva que requer a objetificação de uma mulher</b>. Ela é transformada em uma coisa que não merece o respeito que é devido a outro indivíduo senciente. A prostituição mantém uma sexualidade na qual é aceitável para o cliente obter <b>“prazer” às custas de e no corpo de uma mulher que se dissocia para sobreviver</b>. Esse é o modelo de como o sexo é concebido na sociedade supremacista masculina, e sexólogos construíram suas carreiras sobre esse modelo. Masters e Johnson, por exemplo, desenvolveram suas técnicas de terapia sexual a partir das práticas de mulheres prostituídas que eram pagas para fazer com que homens idosos, bêbados ou simplesmente indiferentes tivessem ereções e pudessem penetrá-las. Como Kathleen Barry apontou em A Prostituição da Sexualidade, <b>a prostituição constrói uma sexualidade de dominação masculina/submissão feminina em que a identidade e o bem-estar da mulher, sem mencionar seu prazer, são vistos como irrelevantes</b>.</span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">A prostituição é um negócio poderoso que está rapidamente se tornando globalizado e industrializado. <b>Mais da metade das mulheres prostituídas em Amsterdã, por exemplo, são traficadas, ou seja, levadas para lá, muitas vezes após serem enganadas, de outros países e são frequentemente mantidas em condições de escravidão sexual</b>. Mulheres australianas são traficadas para a Grécia; mulheres russas para boates de striptease em Melbourne; mulheres burmesas para a Tailândia; e mulheres nepalesas para a Índia. Milhões de mulheres em países de Primeiro Mundo e muitas mais nos países de Terceiro Mundo são submetidas ao abuso de terem seus corpos violados por mãos e pênis indesejados. <b>Mulheres prostituídas sentem-se tão mal vivenciando esse abuso sexual quanto qualquer outra mulher. Elas não são diferentes.</b></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Espera-se que mulheres e crianças prostituídas suportem muitas das formas de violência sexual que feministas consideram inaceitáveis no ambiente de trabalho e em suas casas. <b>Assédio sexual e intercurso sexual indesejado são a base do abuso, mas mulheres prostituídas devem receber ligações obscenas de tele-sexo também</b>. Elas trabalham de topless em lojas, lava-carros e restaurantes. <i>Ao mesmo tempo que outras mulheres estão buscando dessexualizar seu trabalho de forma que possam ser vistas como algo além de objetos sexuais, a demanda de mulheres na prostituição e “entretenimento” sexual está aumentando. A prostituição de mulheres pelos homens reduz as mulheres de quem abusam e todas as outras mulheres ao status de corpos a serem vendidos e usados. Como feministas podem esperar eliminar práticas abusivas de suas camas, ambientes de trabalho e infância se os homens podem simplesmente continuar a adquirir o direito a essas práticas na rua ou, como em Melbourne, em bordéis licenciados pelo Estado?</i></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Striptease é um tipo de prostituição que tornou-se aceitável em países ricos como uma forma de “entretenimento”. (Em países pobres dependentes de turismo sexual, toda prostituição é vista como entretenimento.) Junto de outras mulheres da Liga Contra o Tráfico de Mulheres, eu recentemente visitei uma boate de striptease em Melbourne chamada A Galeria dos Homens [The Men's Gallery]. Umas 20 ou 30 mulheres estavam “dançando” em cima de mesas. Uma fileira de homens – adolescentes de bairros nobres, homens que pareciam palestrantes e professores de faculdade, avôs, turistas – estavam sentados a essas mesas com seus joelhos escondidos sob elas. Geralmente em duplas, esses homens requisitavam à mulher que tirasse a roupa. Ao fazer isso, ela apoiava suas pernas nos ombros dos homens, ginasticamente mostrando-lhes sua genitália depilada, de frente e de costas e em posições diferentes por 10 minutos enquanto os homens colocavam dinheiro em sua cinta-liga. A genitália da mulher ficava a centímetros do rosto dos homens, e eles olhavam fixamente, suas faces com uma expressão de prazer admirado e culpado, como se eles não pudessem acreditar que possuem tal domínio. <b>Será que os homens estavam excitados sexualmente pela incitação de seu status fálico dominante? </b>Será que a simples exibição da genitália feminina, que demonstra o status subordinado das mulheres, era excitante por si só? Para nós observadoras mulheres, era difícil compreender a excitação e entusiasmo dos homens. Muitos deles deveriam ter filhas adolescentes, não diferentes daquelas mulheres, muitas das quais eram estudantes e cujas genitálias dançavam perante seus olhos hipnotizados.</span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><b>A dança de striptease nos ensina algo que devemos entender sobre “sexo” como construção da supremacia masculina: Os homens se unem e criam vínculos através da degradação compartilhada das mulheres. Os homens que frequentam esses clubes aprendem a acreditar que mulheres adoram seu status de objeto sexual e adoram provocar sexualmente enquanto são examinadas como escravas em um mercado</b>. E as mulheres, como eles nos dizem, simplesmente não se envolvem no que estão fazendo. </span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><br />
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><u><span style="background-color: #ffe599;">Razão Número 3</span></u><br /><u><span style="background-color: #ffe599;">Lesbianas têm imitado homens gays</span></u></b></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">.</span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">O questionamento feminista do modelo sexual da prostituição tem encontrado resistência especialmente por parte de muitos homens gays e lesbianas que os imitam. Como Karla Jay escreve, aparentemente de forma não-crítica, em Dyke Life:</span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">“Atualmente, lesbianas estão no limite do radicalismo sexual... Algumas lesbianas agora reivindicam o direito a uma liberdade erótica que já foi associada a homens gays. Algumas cidades grandes possuem clubes de sexo e bares de sadomasoquismo para lesbianas, e revistas e vídeos pornográficos produzidos por lesbianas para outras mulheres têm proliferado nos Estados Unidos. Nossa sexualidade tornou-se tão pública quanto as tatuagens e piercings em nossos corpos”.</span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><i>Na cultura gay masculina nós observamos o fenômeno de uma sexualidade de auto-mutilação e escravidão, de tatuagem, piercing e sadomasoquismo, transformada no próprio símbolo do que significa ser gay</i>. Interesses comerciais gays investem de forma pesada na exploração dessa sexualidade de opressão como constitutiva da identidade gay. Grande parte do poder do capital rosa [gay] desenvolveu-se a partir do fornecimento de locais para eventos, bares e saunas nos quais a sexualidade da prostituição pudesse ser praticada, embora atualmente na maioria das vezes não paga. A influência cultural da resistência masculina gay aos questionamentos feministas da pornografia e prostituição tem sido profunda, financiada fortemente na mídia gay pela publicidade da indústria do sexo gay.</span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Alguns homens gays contestaram a sexualidade de dominação/submissão que prevalece na comunidade gay masculina, mas poucos até agora se aventuraram a publicar suas idéias a fim de não provocar a ira de seus irmãos. Homens gays, criados na supremacia masculina, ensinados a venerar a masculinidade, também precisam lutar para superar sua erotização das hierarquias de dominação/submissão se eles desejam se aliar ao feminismo.</span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">O sexo da prostituição é central à construção da identidade gay devido ao papel da prostituição na história gay. Tradicionalmente, a homossexualidade masculina era expressa, por homens de classe média, através da compra de homens e garotos mais pobres – como foi feito por Oscar Wilde, Andre Gidé, Christopher Isherwood. Esse não era o modelo da prática lésbica.</span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><b>Na década de 1980, à medida que as lésbicas perderam a confiança nas suas próprias opiniões, forças e possibilidades – uma vez que o feminismo foi atacado e a indústria do sexo se fortaleceu enormemente – muitas tomaram os homens gays como os seus modelos e começaram a se definir como “párias sexuais”. Elas desenvolveram uma identidade completamente contrária àquela do feminismo lésbico. Feministas lésbicas celebram o lesbianismo como o apogeu do amor entre mulheres, como uma forma de resistência a todas as práticas e valores da cultura supremacista masculina, incluindo a pornografia e a prostituição. As lesbianas liberais que vieram a público com o intuito de caluniar o feminismo dos anos 80 atacaram as feministas-lesbianas por “dessexualizarem” o lesbianismo e optaram por se identificar como “pró-sexo”. Mas as práticas dessa postura “pró-sexo” acabaram por replicar a versão do lesbianismo que foi tradicionalmente oferecida pela indústria do sexo. As admiráveis novas lesbianas “transgressoras” eram as mesmas construções sadomasoquistas e butch/femme que já têm sido por muito tempo constituintes básicos da pornografia masculina heterossexual</b>. </span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Essas lesbianas adotaram as práticas da indústria do sexo como constitutivas de quem elas realmente são, a fonte de sua identidade e de seu ser. Porém, a todo tempo elas se sentiam deficientes, uma vez que <i>seu ideal de sexualidade radical e vigorosa, praticada por alguns homens gays, parecia sempre fora de alcance</i>. Em publicações como a revista Wicked Women de Sydney, no trabalho de Cherry Smyth e Della Grace no Reino Unido e Pat Califia nos Estados Unidos, essas lesbianas lamentavam suas inadequações no sexo em banheiros, nos encontros casuais, em conseguirem sentir-se sexualmente atraídas por crianças. <i>Terapeutas sexuais para lesbianas, como Margaret Nicholls, tornaram-se parte importante de uma nova indústria do sexo lesbiano</i>. </span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Atualmente há uma tendência em revistas feministas e nas revistas femininas de representar a <i>sexualidade lesbiana da prostituição como um prato tentador para mulheres heterossexuais provarem e consumirem</i>. <b>Lesbianismo “transgressor”</b>, derivado da indústria do sexo e mimetizando a cultura masculina gay, é agora apresentado como uma <b>sexualidade “feminina” progressiva, um modelo para como mulheres heterossexuais poderiam e deveriam ser</b>. </span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><br />
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><u><span style="background-color: #ffe599;">Razão Número 4</span></u><br /><u><span style="background-color: #ffe599;">Subordinar-se pode ser excitante</span></u></b></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">. </span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Não existe um prazer sexual “natural” que pode ser liberado. Aquilo que provê sensações sexuais a homens ou mulheres é construído socialmente a partir da relação de poder entre homens e mulheres, e isso pode ser mudado. <b>No sexo, a própria diferença entre homens e mulheres, supostamente tão “natural”, é de fato criada. No “sexo”, as próprias categorias “homens”, pessoas com poder político, e “mulheres”, pessoas da classe subordinada, tornam-se carne</b>. </span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">O sexo é tampouco uma mera questão privada. Na concepção masculina liberal, o sexo foi relegado à esfera privada e visto como um domínio de liberdade pessoal no qual as pessoas podem expressar seus desejos e fantasias individuais. Mas a cama está longe de ser privada; ela é uma arena na qual a relação de poder entre homens e mulheres é atuada de forma mais reveladora. A liberdade ali é usualmente a dos homens de realizarem-se através de e nos corpos das mulheres.</span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Sentimentos sexuais são aprendidos e podem ser desaprendidos. A construção da sexualidade em volta da dominação e submissão é suposta como “natural” e inevitável porque homens aprendem a operar o símbolo de seu status de classe dominante, o pênis, em relação à vagina de forma que assegure o status subordinado da mulher. Nossos sentimentos e práticas do sexo não podem ser imunes a essa realidade política. E eu sugiro que é a afirmação dessa relação de poder, a asserção de uma distinção entre “os sexos” por meio de comportamentos de dominação/submissão que proporcionam ao sexo sua saliência e a intensa excitação geralmente associada a ele na supremacia masculina.</span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Desde o começo dos anos 70, teóricas feministas e pesquisadoras têm revelado a extensão da violência sexual e de como a vivência e o medo dela castram as vidas e oportunidades das mulheres. O abuso sexual infantil diminui a habilidade de mulheres de desenvolver relações fortes e afetuosas com seus corpos e com outras pessoas, e criar confiança para enfrentar o mundo. O estupro na idade adulta, incluindo estupro no casamento e namoro, produz efeitos semelhantes. Assédio sexual, voyeurismo, exposições e perseguições diminuem as oportunidades igualitárias das mulheres na educação, no trabalho, em suas casas, nas ruas. <i>Mulheres que foram usadas na indústria do sexo desenvolvem técnicas de dissociação para sobreviver, uma experiência compartilhada por vítimas de incesto, e lidam com danos à sua sexualidade e relacionamentos. A consciência da ameaça suprema obscurecendo as vidas das mulheres, a possibilidade do assassinato sexual, nos é exposta regularmente através de manchetes de jornais sobre as mortes de mulheres</i>.</span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><b>Os efeitos cumulativos de tais violências geram o medo que faz com que as mulheres limitem aonde elas vão e o que fazem, ter o cuidado de olhar para o banco de trás do carro, trancar portas, usar roupas “seguras”, fechar cortinas</b>. Como mostram estudos feministas como o de Elizabeth Stanko em Everyday Violence (1990), <b>mulheres têm consciência da ameaça de violência masculina e modificam suas vidas por conta desse medo, mesmo que elas não tenham vivenciado um assédio mais grave. Em contraste com essa realidade cotidiana das vidas das mulheres, a noção de que um orgasmo “em qualquer circunstância” poderia aniquilar esse medo e vulnerabilidade reafirmada é talvez a falácia mais cruel do pseudofeminismo</b>.</span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><i>A violência sexual masculina não é trabalho de indivíduos psicóticos, mas o produto da construção normativizada da sexualidade masculina em sociedades como a dos Estados Unidos e Austrália atualmente – como a prática que define o status superior dos homens e subordina as mulheres. Se nós realmente queremos acabar com essa violência, não devemos aceitar essa construção como o modelo do que “sexo” realmente é</i>.</span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><b>O prazer sexual para mulheres é uma construção política também</b>. A sexualidade feminina bem como a masculina foi forjada no modelo de dominação/submissão, como um artifício para satisfazer e servir à sexualidade construída nos homens e para eles. <b>Enquanto que garotos e homens foram encorajados a direcionar todos os seus sentimentos à objetificação do outro e são recompensados com o “prazer” pela dominação, mulheres aprenderam seus sentimentos sexuais em uma situação de subordinação</b>. <i>Garotas são treinadas através de abuso sexual, assédio sexual, e desde muito cedo com encontros sexuais com garotos e homens assumindo um papel sexual reativo e submisso. Nós aprendemos nossos sentimentos sexuais da mesma forma que aprendemos outras emoções, em famílias de dominação masculina e em situações nas quais nós não possuímos poder, cercadas de imagens de mulheres como objetos na publicidade e em filmes</i>.</span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">O maravilhoso livro de 1994 escrito por Dee Graham, Loving to Survive, retrata a heterossexualidade feminina e a feminilidade como sintomas do que ela chama de Síndrome de Estocolmo Social. <b>Na apresentação clássica da Síndrome de Estocolmo, reféns aterrorizados criam vínculo com seus captores e desenvolvem cooperação submissa a fim de sobreviver. Manuais para aqueles que podem ser feitos reféns, como aquele que me foi dado quando eu trabalhei numa prisão, descrevem táticas de sobrevivência que lembram os conselhos oferecidos em revistas femininas sobre como conquistar homens</b>. Se você for tomado como refém, dizem esses manuais, você deve falar sobre os interesses e família do captor para fazê-lo compreender que você é uma pessoa e ativar sua humanidade. <b>A Síndrome de Estocolmo desenvolve-se naqueles que temem por suas vidas, porém dependem de seus captores. Se o captor demonstra qualquer gentileza, mesmo quando mínima, é provável que o refém desenvolva um vínculo com seu captor até mesmo ao ponto de protegê-lo de perigos e adotar plenamente seu ponto de vista acerca do mundo. Graham define a violência sexual rotineira que as mulheres vivenciam como “terrorismo sexual”. Em face desse terror, Graham aponta, mulheres desenvolvem Síndrome de Estocolmo e criam vínculos com homens</b>.</span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Uma vez que a sexualidade feminina se desenvolve nesse contexto de terrorismo sexual, nós podemos erotizar nosso medo, nosso vínculo aterrorizado. Toda excitação sexual e liberação não é necessariamente positiva. Mulheres podem ter orgasmos ao serem sexualmente abusadas na infância, no estupro ou na prostituição. <b>Nossa linguagem possui apenas palavras como prazer e gozo para descrever sentimentos sexuais, e nenhuma palavra para descrever os sentimentos que são sexuais mas dos quais não gostamos, sentimentos que vêm da experiência, sonhos ou fantasias sobre degradação ou estupro e que causam angústia apesar da excitação</b>.</span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">O “sexo” promovido por revistas femininas e até mesmo feministas, como se esse fosse dissociado da realidade do status subordinado da mulher e experiência de violência sexual, <i>não oferece nenhuma esperança de desconstrução e reconstrução das sexualidades tanto masculinas como femininas</i>. <b>Sadomasoquismo e cenas de “fantasia”, por exemplo, nos quais as mulheres procuram se “perder”, são frequentemente utilizados por mulheres que foram abusadas sexualmente</b>. A excitação orgástica experimentada nesses cenários simplesmente não consegue ser sentida nos corpos dessas mulheres se e quando elas permanecem alertas e conscientes de quem elas realmente são. <b>O orgasmo da desigualdade – longe de encorajar as mulheres à busca da criação de uma sexualidade proporcional à liberdade que feministas visualizam – simplesmente recompensa mulheres com o prazer da dissociação</b>.</span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><i>Muitas mulheres, incluindo feministas, limitaram suas visões de como tornar as mulheres livres e decidiram focar-se em ter orgasmos mais poderosos de qualquer forma possível. A busca pela orgasmo da opressão funciona como um novo “ópio para as massas”. Ela desvia nossas energias das lutas necessárias contra a violência sexual e a indústria globalizada do sexo</i>. <b>Questionar-se sobre como esses orgasmos são experimentados, o que significam politicamente, se são obtidos através da prostituição de mulheres na pornografia, não é fácil, mas também não é impossível. Uma sexualidade de igualdade adequada à nossa busca pela liberdade ainda precisa ser construída e defendida se nós desejamos libertar as mulheres da sujeição sexual</b>.</span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><u>A habilidade de mulheres de erotizar sua própria subordinação e “gozar” a partir da sua própria degradação e de outras mulheres ao status de objeto impõe um grande obstáculo. Enquanto mulheres receberem alguma recompensa no sistema sexual atual – enquanto elas sentirem prazer dessa forma – por que elas desejariam mudar?</u></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Eu sugiro que é impossível imaginar um mundo no qual mulheres são livres ao mesmo tempo que se protege a sexualidade baseada precisamente na sua ausência de liberdade. <b>Nosso impulso sexual deve se igualar ao nosso entusiasmo político pelo fim de um mundo sustentado por todas as hierarquias abusivas, incluindo raça e classe. Somente uma sexualidade de igualdade, e nossa habilidade de visualizar e batalhar por tal sexualidade, torna a liberdade das mulheres possível</b>.</span><br />
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span>
Thatahttp://www.blogger.com/profile/10469547086871884062noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8656737272393657648.post-83886651031294638512014-08-23T06:45:00.001-07:002014-08-24T14:54:16.956-07:00Elitismo mascarado mostra as garras: IMS - mais de 100 comentários apagados<div style="text-align: center;">
<u><span style="background-color: #ead1dc;"><span style="background-color: #ead1dc;"><span style="background-color: #ead1dc;"><span style="background-color: #ead1dc;"><span style="background-color: #f3f3f3;"><span style="background-color: white;"><span style="background-color: #ead1dc;"><span style="background-color: #6fa8dc;"><span style="background-color: #d5a6bd;"><span style="background-color: #ead1dc;"><span style="background-color: #ead1dc;"><span style="background-color: #ead1dc;"><span style="background-color: #fce5cd;"><span style="background-color: #f4cccc;"><b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: small;">Comentário APAGADO </span></span></b><b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: small;">do "blog do IMS"</span></span></b></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></u></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: #cc0000;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span></span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: large;"><u><span style="background-color: #ead1dc;">A HISTÓRIA</span></u></span></span></b></div>
<div style="text-align: center;">
Eis que uma redatora, Juliana Cunha, publica o seguinte post:</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: xx-small;"><i><u><span style="background-color: #6fa8dc;"><span style="background-color: white;"><span style="color: #45818e;">http://www.blogdoims.com.br/ims/um-pinto-contra-francisco-sa-por-juliana-cunha</span></span></span></u></i><span style="color: #cc0000;">.</span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: xx-small;"><span style="color: #cc0000;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<u><span style="background-color: yellow;"><b><span style="background-color: #fff2cc;"><span style="background-color: #ffe599;">QUANDO acessei o sítio e ESCREVI meu comentário, </span></span></b></span></u></div>
<div style="text-align: center;">
<u><span style="background-color: yellow;"><b><span style="background-color: #fff2cc;"><span style="background-color: #ffe599;">o post já continha - **</span></span><i><span style="background-color: #fff2cc;"><span style="background-color: #ffe599;">APÓS APROVAÇÃO PRÉVIA</span></span></i><span style="background-color: #fff2cc;"><span style="background-color: #ffe599;">** - **</span></span></b></span></u><u><span style="background-color: yellow;"><b><span style="background-color: #fff2cc;"><span style="background-color: #ffe599;">mais de CEM** comentários</span>, </span></b></span></u><u><span style="background-color: yellow;"><b><span style="background-color: #fff2cc;">muitos acrescentando camadas e camadas de conteúdo crítico, ausente/negativo na formulação da autora</span></b></span></u> </div>
<div style="text-align: center;">
<u><span style="font-size: x-small;">(e, por consequência, do "blog" - <i><span style="color: #999999;">que é parte de uma grande empresa, uma corporação, na verdade</span></i>)</span></u><span style="font-size: x-small;">.</span><span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<u><span style="background-color: yellow;"><b><span style="background-color: #fff2cc;">Dias depois, surpreendi-me ao acessar o post e me deparar com os comentários APAGADOS. SEM QUALQUER JUSTIFICATIVA, </span></b></span></u><u><span style="background-color: yellow;"><b><span style="background-color: #fff2cc;">COMO SE NUNCA HOUVESSEM SIDO PUBLICADOS.</span></b></span></u></div>
<div style="text-align: center;">
<u><span style="background-color: yellow;"><b><span style="background-color: #fff2cc;">Só ficou o post original reproduzindo conteúdo discriminatório em relação a classe, raça e gênero.</span></b></span></u>
<span style="font-size: x-small;"><span style="color: #cc0000;"><br /></span></span></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b><span style="background-color: #fce5cd;"><span style="background-color: #fff2cc;"><span style="color: #4c1130;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Então, agora, publico aqui </span></span></span></span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="background-color: #fce5cd;"><span style="background-color: #fff2cc;"><span style="color: #4c1130;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: yellow;">meu </span><u><span style="background-color: yellow;">comentário </span></u></span></span></span></span></b><b><span style="background-color: #fce5cd;"><span style="background-color: #fff2cc;"><span style="color: #4c1130;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><u><span style="background-color: yellow;">que foi APAGADO, </span></u></span></span></span></span></b><b><span style="background-color: #fce5cd;"><span style="background-color: #fff2cc;"><span style="color: #4c1130;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><u><span style="background-color: yellow;">após ter sido aprovado</span></u> -</span></span></span></span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="background-color: #fce5cd;"><span style="background-color: #fff2cc;"><span style="color: #4c1130;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: yellow;"><span style="background-color: #ffd966;"><u><span style="background-color: yellow;">apagamento que demonstra </span></u></span></span></span></span></span></span></b><b><span style="background-color: #fce5cd;"><span style="background-color: #fff2cc;"><span style="color: #4c1130;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: yellow;"><span style="background-color: #ffd966;"><u><span style="background-color: yellow;">a postura do Instituto: </span></u></span></span></span></span></span></span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="background-color: #fce5cd;"><span style="background-color: #fff2cc;"><span style="color: #4c1130;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: yellow;"><span style="background-color: #ffd966;"><u><span style="background-color: yellow;">autoritária, </span></u></span></span></span></span></span></span></b><b><span style="background-color: #fce5cd;"><span style="background-color: #fff2cc;"><span style="color: #4c1130;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: yellow;"><span style="background-color: #ffd966;"><u><span style="background-color: yellow;">anti-democrática E </span></u></span></span></span></span></span></span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="background-color: #fce5cd;"><span style="background-color: #fff2cc;"><span style="color: #4c1130;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: yellow;"><span style="background-color: #ffd966;"><u><span style="background-color: yellow;">DE CONTEÚDO "CRÍTICO" PURAMENTE FORMAL</span></u></span></span><span style="background-color: #ffd966;">.</span></span></span></span></span></b><span style="background-color: #fce5cd;"><span style="background-color: #fff2cc;"><span style="color: #4c1130;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span></span></span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: #fce5cd;"><span style="background-color: #fff2cc;"><span style="color: #4c1130;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><span style="font-size: x-small;">Ressalte-se que minha crítica à postura (não à pessoa) da autora concentra-se no comentário; e minha crítica em relação ao "blog do IMS" dirige-se à atitude deliberada autoritária, dentro de um ambiente (anteriormente considerado) de debate democrático. Evidente, tal atitude demonstra a visão política (bem) mais ampla da direção do referido "blog".</span></i></span></span></span></span></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>________________________________________________________</b></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">" 'Feminismo branco e de classe média' só se for o seu, sempre andei a pé e usei transporte coletivo a vida toda, fui assediada, ameaçada (por muita sorte, não fui estuprada) - como todas as mulheres que OUSAM por os pés no espaço público. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">
</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Tem de falar com chefe SIM, independente de registrar ou não BO (na delegacia, onde obviamente haverá muito mais desrespeito). </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">
</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Empresa tem de ser responsabilizada se funcionário comete assédio em horário de trabalho, quem não viu a questão de classe foi você, autora, que provavelmente não sofre sistematicamente assédio nas ruas por estar 'protegida' dentro de seu automóvel. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">
</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O Portal Geledés - feminismo negro e da classe trabalhadora - posicionou-se de forma bem diferente da sua: </span><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><u><span style="font-size: x-small;"><span style="color: #0b5394;">http:// www.geledes.org.br/o-dia-em-que-uma-estudante-cansou-de-ser-assediada/</span></span></u></i>.</span><br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Autora, sua posição me ENOJA, ao defender assédio sexual - cujo caráter sistemático é um dos pilares da cultura do estupro. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Como se por ser da MINHA classe social, o homem ganhasse o privilégio de violentar impunemente mulheres - e o tom da sua defesa, evidentemente, expande o poder de perpetrar a violência sexual 'justificada' (! - no seu 'raciocínio' ALIENADO), na prática, contra mulheres de TODAS as classes sociais. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">
</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ironicamente (em relação ao seu 'raciocínio'), as mais atingidas são justamente as pobres e negras."</span><br />
<div style="text-align: center;">
<b>________________________________________________________</b>
<b><br /></b></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<u><span style="color: #134f5c;">OBSERVAÇÃO</span></u><span style="color: #134f5c;">:</span><span style="color: #134f5c;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #134f5c;">Na internet, dentro de círculos, já se criaram algumas regras de boa convivência. Destre estas, entra a participação do público - geralmente identificado - em comentários de publicações, os quais, na maior parte das vezes, passam por aprovação prévia mediante análise do conteúdo, ou seja, são comentários moderados (passaram por moderação). </span></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="color: #134f5c;">Eu, particularmente, NUNCA VI comentários já moderados serem simplesmente deletados. </span></b><span style="color: #134f5c;">Ou seja, o Instituto considera "lixo" (jogou fora) a manifestação - maior parte de ótimas argumentações - de seus próprios leitores.</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
Thatahttp://www.blogger.com/profile/10469547086871884062noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8656737272393657648.post-57482033354489917032014-08-23T04:26:00.001-07:002014-08-23T07:35:38.671-07:00BACK TO BLOG - Posicionamento: que feminismo?Como já é de amplo conhecimento das feministas, o Feminismo é um movimento social fundamentado em alguns princípios elementares, não hierarquizado*, e que carrega significativas divergências internas.<br />
<br />
Por exemplo, expressões como "sex positive" e "sex negative" foram formuladas por grupos específicos (que se auto-denominaram "positive"), para contrapor outros grupos (denominados, por aqueles, "negative"), os quais vêm perdendo força social (descrição obviamente superficial).<br />
<br />
Evidentemente, o rótulo "sex negative" é, intencionalmente - dentro das disputas de poder - super pejorativo, além de bem sacana (no mau sentido - ou seja, não sexual): se você criticar a exploração da prostituição ou a indústria da pornografia (independente da pertinência da crítica), será rotulada (independente da fundamentação dx rotulador/a) como alguém que "não gosta de sexo". Infantilidade pra dar e vender, nível quinta série.<br />
<br />
Os "sex positive" rotulam como "libertação" - no caso, sexual - quase qualquer (única exclusão, praticamente, é o estupro) ação/iniciativa <i>supostamente</i> "<i>individual</i>" no sentido da prática sexual, bem como, no sentido de representações desta prática.<br />
<br />
Tal posicionamento ACRÍTICO em relação às condicionantes sociais, à estrutura da sociedade capitalista - mormente considerando o desenvolvimento da indústria midiática, em progressão geométrica desde, mais ou menos, a década de 1.950 - assenta-se no <i>individualismo metodológico</i> (questão que não desenvolverei agora). Pessoalmente, gosto muito de uma vlogueira que compartilha da visão "sex-positive/sex-negative", Laci Green, que estudou justamente numa das universidades do oeste estadunidense onde tal visão se desenvolveu.<br />
<br />
No Brasil, setores de classe média/classe média alta apropriaram-se da dupla "<i>positive-negative</i>", e seu discurso tem sido denominado "feminismo liberal". Discordo VEEMENTEMENTE de tal elogio ("feminismo liberal"), pois esses discursadores não fazem mais que re/produzir ideologia; e não lutar por "direitos individuais" - UNIVERSAIS - das mulheres. Vamos combinar, "direitos individuais" restritos a uma parcela pequena da população é uma distorção conceitual descabida.<br />
<br />
Tais setores/movimentos vêem a prostituição, a cafetinagem e a indústria pornográfica (produções cada vez mais explicitamente misóginas) A PARTIR DO PONTO DE VISTA DE CLASSES PRIVILEGIADAS: interpreta-os como "liberdade" individual. <br />
Pior, impõem tal interpretação (já que, é claro, têm posição privilegiada <i>também</i> nos discursos sociais) à maioria da população, que não faz parte daquelas classes sociais**: numa manobra - infelizmente consciente - intelectual/social denominada por K. Marx como "<b>ideologia</b>".<br />
<br />
O diálogo entre "direitos individuais" e "direitos coletivos" é um processo (ok, tautológico, pois toda a história vivida e escrita são processos...) de difícil equilíbrio. Entretanto, é preciso enfrentá-lo em toda sua aspereza e concretude, e desconfiar de saídas fáceis, tais como bradar suposta liberdade individual da mulher (só se for de classe média/média alta, e olhe lá), fugindo da questão coletiva (quais relações de gênero são produzidas e reproduzidas por discursos também imagéticos? etc.) e da ESTRUTURA social capitalista.<br />
<br />
Não abro mão, de maneira nenhuma, da defesa dos direitos individuais (liberalismo político) - sempre lembrando que MULHERES SÃO GENTE- , nem do processo permanente de construção da democracia (democracia x autoritarismo/ditaduras).<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="background-color: yellow;"><span style="background-color: #fff2cc;">Mas é preciso ressaltar que </span></span></span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="background-color: yellow;"><span style="background-color: #fff2cc;"><span style="background-color: yellow;">tal discurso "<i>sex positive</i></span></span></span></span></b><b><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="background-color: yellow;"><span style="background-color: #fff2cc;"><span style="background-color: yellow;">" e afins</span></span></span></span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="background-color: yellow;"><span style="background-color: #fff2cc;"><span style="background-color: yellow;">NADA tem de "FEMINISMO LIBERAL"</span>, </span></span></span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="background-color: yellow;"><span style="background-color: #fff2cc;">mas sim trata-se de um discurso puramente ideológico de classe </span></span></span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="background-color: yellow;"><span style="background-color: #fff2cc;">- produzido por </span></span></span></b><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="background-color: yellow;"><span style="background-color: #fff2cc;"><i><b>SETORES</b></i></span></span></span><b><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="background-color: yellow;"><span style="background-color: #fff2cc;"> de classe média-média alta.</span></span></span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="background-color: yellow;"><span style="background-color: #fff2cc;"><br /></span></span></span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="background-color: yellow;"><span style="background-color: #fff2cc;"><span style="background-color: #ffe599;">Defendo a <span style="background-color: yellow;">liberdade</span> e os <span style="background-color: yellow;">direitos individuais</span> </span></span></span></span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="background-color: yellow;"><span style="background-color: #fff2cc;"><span style="background-color: #ffe599;">- que <span style="background-color: yellow;">só</span> merecem a denominação <span style="background-color: yellow;">se </span></span></span></span></span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="background-color: yellow;"><span style="background-color: #fff2cc;"><span style="background-color: #ffe599;"><span style="background-color: yellow;">se estenderem EFETIVA e </span></span><i><u><span style="background-color: #ffe599;"><span style="background-color: yellow;">CONCRETAMENTE</span></span></u></i><span style="background-color: #ffe599;"><span style="background-color: yellow;"> (= não "idealmente")</span></span></span></span></span></b><br />
<b><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="background-color: yellow;"><span style="background-color: #fff2cc;"><span style="background-color: #ffe599;"><span style="background-color: yellow;">às mulheres de TODAS as condições sociais.</span></span></span></span></span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="background-color: yellow;"><span style="background-color: #fff2cc;"><span style="background-color: #ffe599;"><span style="background-color: yellow;"><br /></span></span></span></span></span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="background-color: yellow;"><span style="background-color: #fff2cc;">(ou seja, não restritos a mulheres de uma classe sócio-econômica bastante específica - sendo que tal estrutura social não se modificará a curto /médio prazos </span></span></span></b><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="background-color: yellow;"><span style="background-color: #fff2cc;"><i>- e tais movimentos </i></span></span></span>
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="background-color: yellow;"><span style="background-color: #fff2cc;"><i>nem </i></span></span></span>
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="background-color: yellow;"><span style="background-color: #fff2cc;"><i>se pautam por modificar tal estrutura</i></span></span></span><b><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="background-color: yellow;"><span style="background-color: #fff2cc;">).</span></span></span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="background-color: yellow;"><span style="background-color: #fff2cc;"><br /></span></span></span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="background-color: yellow;"><span style="background-color: #fff2cc;"><span style="background-color: #ffd966;"><span style="font-size: large;">Sou feminista, liberal</span> </span></span></span></span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="background-color: yellow;"><span style="background-color: #fff2cc;"><span style="background-color: #ffd966;">(liberalismo POLÍTICO, não econômico)</span></span></span></span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="background-color: yellow;"><span style="background-color: #fff2cc;"><span style="background-color: #ffd966;"><span style="font-size: large;">e o discurso daqueles SETORES </span></span></span></span></span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span style="background-color: yellow;"><span style="background-color: #fff2cc;"><span style="background-color: #ffd966;"><span style="font-size: large;">NÃO ME REPRESENTA , JAMAIS!!!</span></span></span></span></span></b></div>
<br />
<br />
* diversos níveis de hierarquização de discursos, conforme a própria estrutura social hierárquica na qual as produtoras desses discursos encontram-se inseridas.<br />
** necessário levar em conta não apenas o capital econômico (fundamental), mas também o capital cultural e o capital social, para bem localizar a que classes me refiro.<br />
<br />
<br />
<strong>PS.:</strong> <br />
<strong>(1) </strong>Recentemente, informei-me melhor, através de posts no Blog da Lola, sobre a assexualidade, que se apresenta inclusive em diferentes formas. Logo, trata-se de direito individual a expressão de sua assexualidade.<br />
<strong>(2) </strong>Os setores de classe média-média alta que propagam ideias equivocadas de "liberdade individual" tendem a se atribuir o monopólio do suprassumo da boa sexualidade. Aham. Menos, moçxs, menos.<br />
Pessoas podem pensar BEM diferente de vocês e vivenciar experiências sexuais plenas (não sem conflitos, a VIDA REAL não existe sem conflitos, tanto interna quanto externamente à própria pessoa) - aliás, parece-me mais provável, pois é preciso encarar a REALIDADE (não só individual, mas SOCIAL, profundamente) para se vivenciar uma esfera da vida com plenitude.Thatahttp://www.blogger.com/profile/10469547086871884062noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8656737272393657648.post-17492939464774633312012-08-04T14:31:00.000-07:002014-08-23T01:23:36.693-07:00Nova schin faz APOLOGIA ao crime de ESTUPRO<div style="text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGJk65zLCYF2kRMDrtDPlrpdGBV5uGF51P0e9VsiZESYUSzFe2WHUmiN6rqRgSnsD8-18C_coskiotjyiIBe2JAYEqWCr-bQ7BAedDCcvV90da-GX4-bvn0HTlNZ-zcgx1scF97cjPKDY/s1600/cerveja.apologia.estupro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGJk65zLCYF2kRMDrtDPlrpdGBV5uGF51P0e9VsiZESYUSzFe2WHUmiN6rqRgSnsD8-18C_coskiotjyiIBe2JAYEqWCr-bQ7BAedDCcvV90da-GX4-bvn0HTlNZ-zcgx1scF97cjPKDY/s1600/cerveja.apologia.estupro.jpg" height="205" width="320" /></a></div>
<br />
Mais informações em:<br />
<a href="http://escrevalolaescreva.blogspot.com.br/2012/08/a-repercussao-do-protesto-contra-nova.html">http://escrevalolaescreva.blogspot.com.br/2012/08/a-repercussao-do-protesto-contra-nova.html</a><br />
_____________________________________________________________________Thatahttp://www.blogger.com/profile/10469547086871884062noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8656737272393657648.post-42979919966330062152012-05-06T21:39:00.002-07:002014-08-23T01:23:07.196-07:00A liberdade sexual da mulher na pornografia mainstream<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtwA8lnYAtFKKDwUR_7ujiaotuhaiG2qGAgKKrpY4kOtP3_MxPTFtw4IzoU7JSWkCeTLt3lhilf2NTyey3Jtyv3n92bFcyRhKLypoHMFbv77s-cE_9efmS_XnY7E5gPkV04MXP7w_5XPY/s1600/Quadrinho.NaPornografiaExercendoLiberdade.Ironia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtwA8lnYAtFKKDwUR_7ujiaotuhaiG2qGAgKKrpY4kOtP3_MxPTFtw4IzoU7JSWkCeTLt3lhilf2NTyey3Jtyv3n92bFcyRhKLypoHMFbv77s-cE_9efmS_XnY7E5gPkV04MXP7w_5XPY/s640/Quadrinho.NaPornografiaExercendoLiberdade.Ironia.jpg" height="640" mea="true" width="514" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<em><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>"Boas notícias, mãe!</strong></span></em></div>
<div style="text-align: center;">
<em><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>Saí para exercer controle sobre meu corpo</strong></span></em></div>
<div style="text-align: center;">
<em><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong>num mundo de homens!"</strong></span></em></div>
<div style="text-align: center;">
<br />
</div>
<div style="text-align: center;">
Quadrinho de <span style="color: teal;"><strong>Signe Wilkinson </strong></span><span style="color: black;">publicado em:</span></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="http://lizadonnelly.com/wordpress/wp-content/gallery/sex-and-sensibility/WILK-Good-news-mom.gif"><span style="background-color: #ffe599; font-size: x-small;">http://lizadonnelly.com/wordpress/wp-content/gallery/sex-and-sensibility/WILK-Good-news-mom.gif</span></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white;">_______________________________________________________________________________</span></div>
Thatahttp://www.blogger.com/profile/10469547086871884062noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8656737272393657648.post-18511983312063423762012-04-29T20:14:00.001-07:002014-08-23T01:37:18.953-07:00Indústria pornográfica CENSURA pesquisadora<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial;">Publicado originalmente em:</span></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="http://alfarrabioseletronicos.blogspot.com.br/2012/04/o-poder-da-industria-pornografica.html"><span style="background-color: #ffe599; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><em>http://alfarrabioseletronicos.blogspot.com.br/2012/04/o-poder-da-industria-pornografica.html</em></span></a></div>
<div class="date-header">
<br />
</div>
<div class="date-header" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial; font-size: x-small;"><strong><span style="font-size: large;">A chocante suspensão da Dra. Price</span></strong></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><em>Por GAIL DINES<br /><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tradução de Flávio Moreira</span></em></span><br />
<div class="date-header">
<em></em><br /></div>
<div class="date-header" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">À medida que as faculdades se tornam mais corporativas ouvimos cada vez mais histórias de acadêmicos sendo punidos por ter a audácia de falar contra a maleficência corporativa. Isso não só limita a liberdade de expressão dos acadêmicos, mas também serve para, através do medo, forçar os professores a aderir ao discurso hegemônico.<br /><br />O exemplo mais recente é chocante. Jammie Price, professora titular da Appalachian State University, foi <u><strong>suspensa</strong></u> no mês passado por exibir o <u>documentário “The Price of Pleasure: Pornography, Sexuality and Relationships” (O Preço do Prazer: Pornografia, Sexualidade e Relacionamentos)</u>. Distribuída pela <em>Media Education Foundation</em>, uma das mais respeitadas produtoras de documentários progressistas no país, o filme pretende ver <em>como a pornografia tradicional (“mainstream”) não só tem se tornado mais violenta e misógina, mas verdadeiramente se deita na mesma cama das maiores instituições financeiras como empresas de cartão de crédito, investidores em capitais de risco, empresas a cabo e hotéis (que ganham mais dinheiro com pornografia do que com consumo de minibares).</em><br /><br />Após mostrar o filme a 120 alunos, três deles, claro, queixaram-se à administração da universidade alegando que a Dra Price estava exibindo “material impróprio” na sala. Não foi permitido à Dra Price saber quem eram os estudantes ou conversar com eles, foi-lhe negada uma audiência e foi imediatamente suspensa e informada de que não poderia entrar nos gabinetes ou salas de aula nas dependências do prédio de Artes e Ciências. Caso quisesse obter “materiais, arquivos de computador, recolher correspondência...” teria que ser escoltada por um membro da faculdade.<br /><br /><strong>Que interessante que uma universidade decida que uma análise acadêmica de uma das indústrias mais lucrativas do mundo seja “imprópria”. </strong>O que exatamente esperam que ensinemos? Talvez se Jammie Price lecionasse em uma escola de negócios e mostrasse um caso sobre como matar no pornô ela poderia ter se safado. Ou, talvez, por segurança, a Dra Price deveria ter convidado um pornógrafo para promover seus produtos. Em 2008 a imprensa pornográfica ficou alvoroçada com a grande notícia que Joanna Angel, proprietária do site pornô Burning Angel, havia sido convidada para falar a uma turma de alunos de sexualidade humana na Universidade de Indiana. Não houve tentativa, por parte do site de notícias pornô X Critic, de fingir que esse seria um evento educacional quando escreveram: “Ela irá mostrar aos alunos clipes de seus filmes, distribuir brinquedos eróticos e iluminá-los com uma visão positiva da pornografia”.</span><a name='more'></a><span style="font-family: Arial;"><br />Eu escrevi uma carta de reclamação ao presidente da Universidade de Indiana salientando que o <strong>papel de uma sala de aula de uma universidade era educar os alunos, não fornecer uma plateia cativa para os capitalistas empurrarem seus produtos</strong>. O escritório do presidente respondeu de maneira muito esquisita. Eles pediram ao professor que se desculpasse comigo por convidar Joanna Angel, como se tudo isso fosse um insulto pessoal. <strong>Acho que devemos falar sobre a pornografia na sala de aula, mas não como uma indústria divertida que vende fantasias, mas como uma indústria global que trabalha como qualquer outra indústria, com planos de negócios, nichos de mercado, investidores e a necessidade cada vez maior de maximizar lucros</strong>.<br /><br /><strong>Parece-me que o crime de Price foi fornecer uma crítica progressista da indústria pornográfica, em vez de incensar liricamente como a pornografia dá, sexualmente, poder às mulheres</strong>. Ela mostrou um filme que lança um olhar inflexível sobre a verdadeira indústria pornográfica. Em lugar de dizer que o pornô nos dá poder, O Preço do Prazer se aprofunda nos podres da indústria, ilustrando suas ideias com imagens retiradas de alguns dos mais populares sites pornográficos. Essas imagens não são bonitas, nem muito eróticas. Vemos mulheres sendo sufocadas por pênis, cobertas de esperma, sendo esbofeteadas e cuspidas, e em uma cena particularmente horrível,uma mulher vomitando após ter lambido um pênis que havia acabado de ser introduzido em seu ânus (chamado Ass to Mouth na indústria – prefiro não traduzir, mas dá para entender).<br /><br /><strong>Nunca ouvi falar de um acadêmico ser suspenso por falar sobre ou exibir pornografia</strong>. Isso não é mesmo uma surpresa porque a tendência na academia é evitar falar sobre a verdadeira indústria e como ela interage com o capitalismo mainstream. Em recente conferência acadêmica da qual participei em Londres, me vi cercada de acadêmicos pós-modernos que poderiam se beneficiar de uma boa dose de economia política. A sessão plenária era composta por acadêmicos argumentando que “ela” não existe, referindo-se à indústria pornô, porque há tantos produtores de pornografia e tantos tipos de pornografia na internet que seria impossível apontar uma verdadeira indústria. O interessante é que, enquanto “ela” não existe, existem, de fato, <strong>feiras de negócios pornô, sites de negócios pornô, empresas de relações públicas pornô, grupos de lobby pornô e assim por diante. Todas essas coisas sugerem que existe de fato um negócio pornô</strong>.<br /><br />O fracasso na perda de visão sobre como a indústria funciona foi percebida pelos próprios pornógrafos. Andrew Edmond, Presidente e CEO da Flying Crocodile, uma empresa de pornografia na internet de 20 milhões de dólares, explicou à Brandweek que “muitas pessoas [fora do entretenimento adulto] têm sua atenção desviada do modelo de negócio pelo [sexo]. É tão sofisticado e multifacetado como qualquer outro mercado. Operamos da mesma forma que qualquer empresa listada na Fortune 500 (Brandweek, October, 2000, 41, 1Q48). Jammie Price não teve sua atenção desviada pelo sexo, e por isso pagou caro.<br /><br /><br />GAIL DINES é professora de sociologia e estudos da mulher na Wheelock College em Boston. Seu ultimo livro é “Pornland: How Porn Has Hijacked our Sexuality” (Beacon Press) (Pornolândia: como a pornografia sequestrou nossa sexualidade). Ela é membro-fundadora da Stop Porn Culture (stoppornculture.org).<br /><br />Traduzido (às pressas, mas com o auxílio luxuoso de <a href="http://escrevalolaescreva.blogspot.com.br/"><span style="color: #336688;">Lola Aronovich</span></a>) do material publicado neste site: <a href="http://www.counterpunch.org/2012/04/19/the-shocking-suspension-of-dr-price/"><span style="color: #336688;">Counterpunch</span></a> </span><br />
<span style="font-family: Arial;">(<a href="http://www.counterpunch.org/2012/04/19/the-shocking-suspension-of-dr-price/"><em><span style="font-size: x-small;">http://www.counterpunch.org/2012/04/19/the-shocking-suspension-of-dr-price/</span></em></a>)</span></div>
<div class="date-header" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="date-header" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;"></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><u>(<em>Grifos de Thata</em>) </u></span></div>
</div>
<div class="date-header">
<br /></div>
Thatahttp://www.blogger.com/profile/10469547086871884062noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8656737272393657648.post-55382742430082245902012-04-08T13:46:00.001-07:002014-08-23T01:41:54.263-07:00<span style="color: black; font-size: x-large;"><strong>A indústria da pornografia e sua influência sobre o desenvolvimento da sexualidade</strong></span><br />
<br />
<br />
<span style="color: #444444;">É sério.</span><br />
<span style="color: #444444;"></span><br />
<span style="color: #444444;">Mesmo que você, pessoalmente, não seja um "adepto/a", muitos homens (e talvez algumas mulheres) que conhece o são. E, cedo ou tarde, vai te afetar. Certamente afeta/afetará seu(s) </span><a href="mailto:filh@(s"><span style="color: #444444;">filh@(s</span></a><span style="color: #444444;">). </span><br />
<span style="color: #444444;"></span><br />
<span style="color: #444444;">Estamos falando aqui da indústria da pornografia <em>após </em>a "era da internet" (traduzirei um texto sobre este ponto específico).</span><br />
<span style="color: #444444;"></span><br />
<span style="color: #444444;"></span><br />
<span style="color: #444444;">Veja: </span><br />
<em><span style="color: #444444;"><strong>=></strong>"Pesquisa falha por falta de homens que nunca viram filme pornô"</span></em><br />
<span style="color: #666666;"> (</span><a href="http://www.atenasonline.com.br/guia/filme-porno/"><span style="color: #666666; font-size: x-small;"><em>http://www.atenasonline.com.br/guia/filme-porno/</em></span></a><span style="color: #666666;">)</span><br />
<br />
<strong><span style="color: #444444;">=> História do criador do site "Anti Porn Men":</span></strong><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666;"><em>Matt McCormack Evans <strong>estava na biblioteca </strong>de sua universidade quando <strong>viu uma bibliotecária colocando livros nas prateleiras. A cena lhe pareceu sexy – e ele logo pensou que seria legal procurar algum material pornô com bibliotecárias</strong>, segundo contou ao jornal inglês The guardian. Evans, que tinha acesso livre à internet na universidade e frequentava sites de sexo explícito, <strong>percebeu que sua percepção da realidade estava mudando por conta da pornografia que consumia. A dele e a de seus colegas homens. </strong>E isso não era uma coisa boa. O momento da verdade veio quando Evans <strong>viu um cara apertar a bunda de uma mulher numa balada. Foi o estopim para a criação do site Anti Porn Men Project</strong>, </em><span style="color: #666666;"><em>manifesto e manual de instruções para quem acredita que o material com sexo explícito disponível na internet em geral é degradante para as mulheres e influencia o comportamento dos homens em relação a elas. “Quando eu via material pornô, eu pensava: ‘Isso é algo à parte da minha vida, não vai afetar a maneira como eu vejo o mundo’. Mas eu percebi que afetava sim”, conta Evans, de 22 anos</em>." </span></span><a href="http://revistatrip.uol.com.br/print.php?cont_id=31915"><em><span style="font-size: x-small;">http://revistatrip.uol.com.br/print.php?cont_id=31915</span></em></a><br />
<br />
<br />
<span style="color: #444444; font-size: large;"><strong>E aí, vamos pensar nisso?</strong></span><br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="color: black;"><span style="background: rgb(255, 217, 102);"> </span><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background: rgb(255, 217, 102);">**Clique no link e leia o texto inteiro!** </span></span></span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="http://estouputa.blogspot.com.br/2010/12/tudo-sobre-putas-sexo-violento-teens.html"><span style="background-color: #ffd966;">http://estouputa.blogspot.com.br/2010/12/tudo-sobre-putas-sexo-violento-teens.html</span></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: black;">Autora: <span class="fn"><span style="color: black;">Ana Rita Dutra dos Santos</span> </span></span></div>
<h3 class="post-title entry-title" itemprop="name" style="text-align: center;">
<span style="color: #783f04; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">TUDO sobre putas sexo violento teens gostosas transando amadoras </span></h3>
<div class="post-header-line-1" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">"Aqui voce encontrará material sobre pornografia, fiz uma seleção especial para voce"</span></i>. </span><br /><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em primeiro lugar, eu sempre procuro recomendar que estas pessoas que consomem esse tipo de videos, imagens, que normalmente são cercados por um mito em torno da violencia, com simulações sobre estupro, pensem em suas mães, suas filhas, suas irmãs, mas como existe tanto depravado no mundo, isso nem deve adiantar, pensem em mulheres que foram referência maternal na sua vida, referencia de amizade, acolhida. Apesar de que alguns homens estão tão animalizados que esse tipo de questionamento nem consegue se formar mais</span>. </span></span></span></div>
<div class="post-body entry-content" itemprop="articleBody" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span><span style="color: black;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">(...) </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Na avaliação da feminista e professora de sociologia e de gênero na Faculdade Wheelock, em Boston, é impossível ver as imagens pornográficas sem ser influenciado, "especialmente imagens com as quais você se masturba"</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">:</span></span></span></span></div>
<div style="line-height: 20px; margin: 0px 0px 18px; padding: 0px; text-align: justify;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os garotos veem pornografia pela primeira vez aos 11 anos, eles são introduzidos a esse mundo de brutalidade sexual e crueldade antes que sua sexualidade esteja plenamente desenvolvida.</span></span></i></div>
<div style="line-height: 20px; margin: 0px 0px 18px; padding: 0px; text-align: justify;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A pornografia é popular, ela pode moldar a sexualidade e identidade sexual. Isso é muito problemático porque a maioria da pornografia que circula na internet envolve sexo com punição ao corpo, onde as mulheres são humilhadas e desumanizadas.</span></span></span></i></div>
<a name='more'></a><div style="line-height: 20px; margin: 0px 0px 18px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A pornografia cria um mundo onde a brutalidade sexual é legitimada e até celebrada. Nesse mundo, não importa quão cruelmente você trata uma mulher, ela ama e implora por mais. Em nenhum momento diz não. (...) Ao invés de fazer amor, homens fazem ódio com os corpos das mulheres - enquanto ele a penetra brutalmente, a chama de nomes vis e demonstra nada além de ódio, desprezo e nojo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Como alguém que estuda mídia, eu sei o poder das imagens. Todos nós construímos nossas identidades a partir das normas e valores da cultura onde vivemos e as imagens pornográficas formam uma grande parte da cultura de hoje. (Gail)</span></span></span></i></span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Hoje temos homens viciados em pornografia que inclusive estão destruindo suas vidas reais, dando valor para uma fantasia doentia regada a violencia em um mundo pornografico, a socióloga Gail entrevistou alguns homens na elaboração de seu livro:</span></span></span></div>
<div style="line-height: 20px; margin: 0px 0px 18px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><span style="color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os homens que eu entrevistei acreditavam que sexo pornô era o que as mulheres queriam e ficavam angustiados e nervosos quando sua parceira se recusava a se parecer ou a se comportar como sua estrela pornô favorita. As mulheres comumente recusam-se a praticar atos que os homens rotineiramente gostam de assistir e, perto dos orgasmos escandalosos e ginásticas sexuais do sexo pornô, sexo com mulheres reais começa a parecer tedioso e insosso. Esses homens se acostumaram tanto com a pornografia que começam a se desapontar com suas próprias performances. Quando eles se comparam com os atores pornôs, que mantém ereções fortificadas com Viagra por longos períodos de tempo, eles começam a se sentir perdedores em sua vida sexual e se perguntam se há algo errado com eles. Homens e mulheres são afetados. Alguns homens desenvolvem um vício em pornografia que pode facilmente destruir suas vidas. (Gail)</span></i></span></div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 20px; margin: 0px 0px 18px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Pornografia é uma </i></span>propaganda odiosa às mulheres que legitima e celebra sua posição subordinada. E não estou falando aqui de manifestações artísticas eróticas, que trabalhem a questão da sexualidade de forma igualitária e respeitadora, baseada em conexão e paixão entre as pessoas.</span></span></div>
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 20px; margin: 0px 0px 18px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">(...)</span><br />
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 20px; margin: 0px 0px 18px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"> </span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-family: Times New Roman;">Autora: <span class="fn"><a href="http://www.blogger.com/profile/07700761167511076312" itemprop="author" rel="author" title="author profile">Ana Rita Dutra dos Santos </a></span></span></span></span><span style="color: black; font-family: Times, "Times New Roman", serif;"> [linque acima]</span></div>
</div>
</div>
Thatahttp://www.blogger.com/profile/10469547086871884062noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8656737272393657648.post-71283136507832861662012-04-08T13:03:00.000-07:002012-04-08T13:15:46.686-07:00Feminismo e a blogsfera<span style="color: black; font-size: x-large;"><strong>Feminismo e a blogsfera</strong></span><br />
<br />
<span style="color: #666666;">No link abaixo, você acessa uma bela reflexão sobre a reação à ascensão de mulheres e homens feministas na rede.</span><br />
<br />
<br /><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: #ffd966; color: black; font-family: Arial; font-size: x-small;">**Clique no link e leia o texto inteiro!** </span></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="http://somosandando.wordpress.com/2010/12/20/discussao-sobre-feminismo-a-esquerda-e-suas-divergencias/"><span style="background-color: #ffd966;">http://somosandando.wordpress.com/2010/12/20/discussao-sobre-feminismo-a-esquerda-e-suas-divergencias/</span></a></div>
<h3>
<span style="color: black;"></span> </h3>
<h3>
<span style="color: black;">Discussão sobre feminismo: a esquerda e suas divergências</span></h3>
<span style="color: black;">Escrito por Cris <span class="edit"></span></span><br />
<span style="color: black;">20/12/2010 às 18:16</span><br />
<br />
<span style="color: black;">A blogosfera – ou parte dela – está em crise. Discutindo o relacionamento. Não, não é o fim, é só um tempo, talvez. </span><br />
<span style="color: black;">(...)</span><br />
<span style="color: black;">Resumindo para quem ainda não está a par (quem já cansou de ler a respeito, pula esse parágrafo): o blog do Nassif publicou como post um comentário de um cidadão machista, que usava o termo “feminazi” para se referir às feministas, com o pretexto de que servia ao debate. Não acho que servia, acho que Nassif errou, mas prossigamos. </span><br />
<span style="color: black;">(...)</span><br />
<span style="color: black;">A seguir, alguns links que ajudam a compreender melhor a dimensão que a coisa tomou. Com alguns concordo mais, com outros menos. Não há nenhum tipo de ordenamento nesse sentido. A cada link, a ordem é o nome do post, nome do blog e autor do texto.</span><br />
<br />
<em><a href="http://www.rodrigovianna.com.br/palavra-minha/nassif-e-a-esquerda-que-a-direita-adora.html" target="_blank">Nassif e a esquerda que a direita adora </a></em>- Rodrigo Vianna<br />
<em><a href="http://gonzum.com/?p=1132" target="_blank">Elas mataram Orfeu – Gonzum</a></em> – Miguel do Rosário<br />
<em><a href="http://www.idelberavelar.com/archives/2010/12/a_busca_incansavel_por_um_feminismo_docil_ou_nao_e_de_voce_que_devemos_falar.php" target="_blank">A busca incansável por um feminismo dócil, ou, não é de você que devemos falar</a></em> – O Biscoito Fino e a Massa – Idelber Avelar<br />
<em><a href="http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-nova-blogosfera-e-o-episodio-com-as-feministas#more" target="_blank">A nova blogosfera e o episódio com as feministas</a></em> – Luis Nassif<br />
<em><a href="http://www.interney.net/blogs/lll/2010/12/17/feminazi/" target="_blank">“Socorro! Não sou machista, mas as feminazis mal-comidas estão me patrulhando”</a></em> – Liberal Libertário Libertino – Alex Castro<br />
<em><a href="http://descurvo.blogspot.com/2010/12/algumas-reflexoes-sobre-blogosfera.html" target="_blank">Algumas reflexões sobre a “blogosfera progressista”</a></em> – O Descurvo – Hugo Albuquerque<br />
<em><a href="http://brasiliamaranhao.wordpress.com/2010/12/20/nassif-feminazis-idelber-blogs-progressistas/" target="_blank">Sobre o debate Nassif, feminazis, Idelber e blogs progressistas</a></em> – Conexão Brasília-Maranhão – Rogério Tomaz Jr.<br />
<em><a href="http://escrevalolaescreva.blogspot.com/2010/12/nassif-pede-desculpas-as-feministas-de.html" target="_blank">Nassif pede desculpas às feministas de bom nível</a></em> – Escreva Lola Escreva – Lola Aronovich<br />
<em><a href="http://dandi.blogspot.com/2010/12/feminismo-nao-e-partido.html" target="_blank">Feminismo não é partido!</a></em> – O inferno de Dandi – Danilo R. Marques<br />
<em><a href="http://www.viomundo.com.br/blog-da-mulher/blogosfera-progressista-feminismo-e-polemicas.html" target="_blank">Blogosfera progressista, feminismo e polêmicas</a></em> – Conceição Oliveira – Vi o mundo<br />
<em><a href="http://escrevalolaescreva.blogspot.com/2010/12/como-falar-bobagens-e-ser-publicado-num.html" target="_blank">Como falar bobagens e ser publicado num blog famoso</a></em> – Escreva Lola Escreva – Lola Aronovich<br />
<em><a href="http://cynthiasemiramis.org/2010/12/07/feminazi-ignorancia-a-servico-do-conservadorismo/" target="_blank">Feminazi: ignorância a serviço do conservadorismo</a></em> – Cynthia Semíramis<br />
<em><a href="http://escrevalolaescreva.blogspot.com/2010/12/agressividade-como-ferramenta-de-auto.html" target="_blank">A agressividade como ferramenta de auto-afirmação</a></em> – Escreva Lola Escreva – Lola Aronovich<br />
<br />
<br />
<span style="color: black;">Escrito por Cris <span class="edit"></span></span><br />
<span style="color: black;">20/12/2010 às 18:16</span><br />
[vide link acima]<br />
<br />
<br />Thatahttp://www.blogger.com/profile/10469547086871884062noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8656737272393657648.post-30508615690287865542012-04-08T12:52:00.003-07:002012-04-08T13:11:56.188-07:00Amor?<strong><span style="color: black; font-size: x-large;">Amor?</span></strong><br />
<span style="color: #666666;">Resposta ao artigo publicado por L.F. Pondé no jornal Falha, digo, Folha de São Paulo.</span><br />
<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: #ffd966; color: black; font-family: Arial; font-size: x-small;">**Clique no link e leia o texto!** </span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: #ffd966; color: black;"><a href="http://amanditas.wordpress.com/2011/07/12/recadinho-pro-ponde/">http://amanditas.wordpress.com/2011/07/12/recadinho-pro-ponde/</a></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: black; font-family: Verdana, sans-serif;">"Por fim, saiba: o amor, meu bem, só é possível entre seres humanos"</span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="mailto:Autor@s"><span style="color: #cccccc;">Autor@s</span></a><span style="color: #cccccc;">:</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">"Uma mulher qualquer, que até poderia ser um homem.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><em><span style="color: black;">*Também assinam esse recado: </span></em><em><span style="color: black;">Carlos Emilio, Marcos Faria, Paulo Rená, Srta. Bia"</span></em></span></span><br />
<br />
<br />
<br />
</div>Thatahttp://www.blogger.com/profile/10469547086871884062noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8656737272393657648.post-53594141744200689692012-04-07T20:12:00.000-07:002012-04-08T11:36:10.895-07:00O ÚLTIMO TANGO<strong><span style="font-family: Arial;"></span></strong><br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://todomundotemproblemassexuais.zip.net/"><span style="background-color: #ffd966; color: black;">http://todomundotemproblemassexuais.zip.net/</span></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="color: black;"><span style="background: #ffd966;"> </span><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background: #ffd966;">**Clique no link e leia mais textos!** </span></span></span></span></div>
<span style="color: black;"><br /></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: black;">Blog de Pedro Cardoso</span></div>
<br />
<h2 class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="color: black;">O ÚLTIMO TANGO</span></h2>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-tab-count: 1;"></span><span style="color: black; font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Eu nada mais tenho a dizer, no momento, a respeito do fato de a pornografia ter se disfarçado de entretenimento inocente para poder assim ser vendida a um público maior. O que penso, acredito que o disse de modo claro. Mas cabe ainda fazer um acréssimo relevante.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">O meu próprio entendimento do assunto foi se aperfeiçoando a medida que eu escrevia. De todos os aprimoramento e ajustes que fiz, acho importante lembrar aquele que me parece ser o ponto mais sensível de toda esta discusão. Eu mesmo, nos primeiros textos, fazia um distincão entre pornografia e arte. Depois, percebi que esta oposição é falsa. Não é o atingir uma expressão digna de ser chamada de artística que desfaz o pornográfico na pornografia. </span><span style="color: black; font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Ela continuará sendo pornografia, ainda que seja também arte. E o efeito dela sobre nós será o mesmo: uma distração da história que se está contando. Ainda que modificada pela excelência da arte, ela provocará em nós a mesma excitação do desejo sexual que a outra, a pornografia evidente, produz.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Assim, <strong><span style="background-color: #ffe599;">mesmo em situações que vieram a produzir obras de arte, poderemos encontrar atores oprimidos pela pornografia que a eles foi imposta</span></strong>. <strong>A quem ainda duvidar </strong>do que estou dizendo, ou achar a minha posição excessivamente radical, transcrevo o relato que encotrei no "Wikipedia" a respeito da <strong>famosa cena de sodomia protagonizada por Maria Schnneider e Marlon Brando, sob a direção de Bernando Bertolucci, no inquestionavelmente artístico filme "O Último Tango em Paris</strong>." Vejamos o que os próprios envolvidos têm a nos dizer.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 19pt; margin-bottom: 6pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica; letter-spacing: 0pt; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-bidi-font-size: 13.0pt;"><span style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><em>Durante<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>o trabalho de divulgação para o lançamento do filme, Bertolucci disse que Maria Schneider havia desenvolvido uma "fixação Edipiana em Brando". A própria Schneider disse que Brando lhe enviou flores quando eles se conhecerem, e que desde então ele "era como se fosse um pai". Em uma entrevista dada na época, Schneider negou a afirmação dizendo: "Brando tentou assumir uma postura bastante paternalista, mas na verdade nossa relação não era como se fossemos pai e filha". <span style="background-color: #fff2cc;">Alguns anos depois, no entanto, Schneider falou sobre um sentimento de humilhação sexual</span>:</em></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 19pt; margin-bottom: 6pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify;">
<a name='more'></a><br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 19pt; margin-bottom: 6pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica; letter-spacing: 0pt; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-bidi-font-size: 13.0pt;"><span style="font-family: Helvetica; letter-spacing: 0pt; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-bidi-font-size: 13.0pt;"><span style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><em>"Eu deveria ter chamado meu agente ou ter pedido que meu advogado viesse ao set, porque não se pode forçar alguém a fazer algo que não está no script, mas naquele tempo eu não sabia disso. <span style="background-color: #fff2cc;">Marlon me disse: 'Maria, não se preocupe, isso é só um filme', mas durante a cena, ainda que o que Marlon estivesse fazendo não fosse real, eu estava chorando lágrimas reais</span>. <span style="background-color: #ffe599;">Eu me senti humilhada, e <strong>honestamente, me senti um tanto estuprada, tanto por Marlon quanto por Bertolucci</strong></span>. <span style="background-color: #fff2cc;">Depois da cena, Marlon não me consolou nem se desculpou</span>. Por sorte foi um take único".</em></span></span></span><br />
<div style="text-align: justify;">
</div>
<table border="1" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoNormalTable" style="border-bottom: medium none; border-collapse: collapse; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; mso-padding-alt: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-table-layout-alt: fixed;"><tbody>
<tr style="mso-yfti-firstrow: yes; mso-yfti-irow: 0; mso-yfti-lastrow: yes;"><td style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; padding-bottom: 0cm; padding-left: 5.4pt; padding-right: 5.4pt; padding-top: 0cm; width: 20pt;" valign="top" width="20"><div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; mso-line-height-alt: 19.0pt; mso-pagination: none; text-align: left;">
<strong><span style="color: #b0b7f2; font-family: "Times New Roman"; letter-spacing: 0pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";"><span style="color: #444444; font-size: x-small;"> </span></span></strong></div>
</td><td style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; padding-bottom: 0cm; padding-left: 5.4pt; padding-right: 5.4pt; padding-top: 0cm; width: 730pt;" valign="top" width="730"><span style="color: #444444;"></span></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 19pt; margin-bottom: 6pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: left;">
<span style="font-family: Helvetica; letter-spacing: 0pt; mso-bidi-font-family: Helvetica;"><span style="color: black;"></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 19pt; margin-bottom: 6pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 19pt; margin-bottom: 6pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: left;">
<span style="color: black; font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Ah, que ótimo! Então o diretor se identificou com o ator e, por pudor de si mesmo, terminou por protegê-lo, ainda que apenas parcialmente. <strong>E com a atriz? Quem havia ali para com ela se identificar, e que tivesse poder para protegê-la, ainda que parcialmente? Ninguém. Nunca há</strong>.</span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 19pt; margin-bottom: 6pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 19pt; margin-bottom: 6pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: left;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Podem dizer que este é um caso específico. Mas acho que não. <strong>Sendo "O Último Tango em Paris" o ícone maior dos filmes artísticos de conteúdo erótico (sempre lembrado por aqueles que opõe pornografia a arte e que justificam suas cenas de nudez e sexo com a tutela de serem artísticas) estas declarações a respeito do que se passou naquele set são assustadoramente reveladoras!</strong></span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 19pt; margin-bottom: 6pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 19pt; margin-bottom: 6pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: left;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>Aqueles que têm sistematicamente discordado de mim, e até acusado-me de moralista, terão agora que discordar também de Maria Shnneider e de Marlon Brando, e terão que conviver com a peturbadora frase do próprio Bertolucci</strong>.</span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 19pt; margin-bottom: 6pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 19pt; margin-bottom: 6pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: left;">
<span style="color: black;"><br clear="all" /><span style="font-family: Helvetica; letter-spacing: 0pt; mso-bidi-font-family: Helvetica;"><span style="color: black;"></span></span></span><br />
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 19pt; margin-bottom: 6pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: left;">
</div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 19pt; margin-bottom: 6pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: left;">
<span style="font-family: Helvetica; font-size: 13pt; letter-spacing: 0pt; mso-bidi-font-family: Helvetica;"><span style="color: #666666; font-size: x-small;">"I should have called my agent or had my lawyer come to the set because you can't force someone to do something that isn't in the script, but at the time, I didn't know that. Marlon said to me: 'Maria, don't worry, it's just a movie,' but during the scene, even though what Marlon was doing wasn't real, I was crying real tears. I felt humiliated and to be honest, I felt a littl raped, both by Marlon and by Bertolucci. After the scene, Marlon didn't console me or apologise. Thankfully, there was just one take."</span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 19pt; margin-bottom: 6pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: left;">
<br /></div>
</div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 19pt; margin-bottom: 6pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: left;">
<span style="font-family: Helvetica; letter-spacing: 0pt; mso-bidi-font-family: Helvetica;"><span style="color: #666666; font-size: x-small;">Schneider subsequently stated that making the film was her life's only regret, that it "ruined her life," and that she considers Bertolucci a "gangster and a pimp." Much like Schneider, Brando "felt raped and humiliated" by the film and told Bertolucci, "I was completely and utterly violated by you. I will never make another film like that." </span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 19pt; margin-bottom: 6pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 19pt; margin-bottom: 6pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: left;">
<span style="font-family: Helvetica; letter-spacing: 0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Helvetica;"><span style="color: #666666; font-size: x-small;">Bertolucci also shot a scene which shows Brando's genitals, but later explained, "I had so identified myself with Brando that I cut it out of shame for myself. To show him naked would have been like showing me naked." (1)</span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 19pt; margin-bottom: 6pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: left;">
<br /></div>
<span style="font-family: Helvetica; font-size: 13pt; letter-spacing: 0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Helvetica;"></span><br />
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 19pt; margin-bottom: 6pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: left;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 19pt; margin-bottom: 6pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: left;">
<br />
<br />
<span id="p"><span style="color: black;">Escrito por Pedro Cardoso </span></span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 19pt; margin-bottom: 6pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 19pt; margin-bottom: 6pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 19pt; margin-bottom: 6pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: left;">
<span style="color: black;">[grifos em negrito e em amarelo - Thata]</span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 19pt; margin-bottom: 6pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: left;">
</div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 19pt; margin-bottom: 6pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: left;">
<span style="color: black;">Entrevista com Pedro Cardoso:</span></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 19pt; margin-bottom: 6pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: left;">
<a href="http://oglobo.globo.com/cultura/leia-na-integra-entrevista-de-pedro-cardoso-sobre-manifesto-contra-pornografia-na-tv-3605888">http://oglobo.globo.com/cultura/leia-na-integra-entrevista-de-pedro-cardoso-sobre-manifesto-contra-pornografia-na-tv-3605888</a></div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 19pt; margin-bottom: 6pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify;">
<br /></div>
<h2 align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 19pt; margin-bottom: 6pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: left;">
<span style="color: black;"></span> </h2>
<br />
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 19pt; margin-bottom: 6pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica; letter-spacing: 0pt; mso-bidi-font-family: Helvetica;"><span style="color: #666666; font-size: x-small;">During the publicity for the film's release, Bertolucci said that Maria Schneider developed an "Oedipal fixation with Brando." Schneider herself said that Brando sent her flowers after they first met, and "from then on he was like a daddy". In a contemporaneous interview, Schneider denied this, saying, "Brando tried to be very paternalistic with me, but it really wasn't any father-daughter relationship. Years later, however, Schneider recounted feelings of sexual humiliation:</span></span></div>
</div>
<div align="left" class="MsoNormal" style="line-height: 19pt; margin-bottom: 6pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 19pt; margin-bottom: 6pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica; letter-spacing: 0pt; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-bidi-font-size: 13.0pt;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><em><span style="color: #444444;"><strong><u>Schneider</u> disse posteriormente que ter feito o filme era o único arrependimento de sua vida</strong>, e que o mesmo "arruinou minha vida". Disse ainda que <strong>considerava Bertolucci "mafioso e cafetão"</strong>.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Assim como Schneider, <strong><u>Brando</u> sentiu-se "estuprado e humilhado" pelo filme de Bertolucci. "Fui completa e profundamente violentado por você. Nunca mais farei um filme como esse".</strong> </span></em></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 19pt; margin-bottom: 6pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 19pt; margin-bottom: 6pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica; letter-spacing: 0pt; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-bidi-font-size: 13.0pt;"></span><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><em><span style="color: #444444;"><span style="font-family: Helvetica; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-bidi-font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: Cambria; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><strong>Bertolucci filmou </strong>ainda uma versão da <strong>cena mostrando o órgão sexual de Brando</strong>, porém mais tarde esclareceu: <strong><span style="background-color: #ffd966;">"Eu me identifiquei com Brando a tal ponto que cortei a cena com vergonha de mim mesmo. Mostrá-lo nu seria mostrar a mim mesmo nu"</span></strong>.</span> </span></em></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 19pt; margin-bottom: 6pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 19pt; margin-bottom: 6pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify;">
<span style="color: #444444;">[Não, você não leu errado. Vamos repetir para ter certeza:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 19pt; margin-bottom: 6pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica; letter-spacing: 0pt; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-bidi-font-size: 13.0pt;"></span><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><em><span style="color: #444444;"><span style="font-family: Helvetica; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-bidi-font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: Cambria; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><strong>Bertolucci filmou </strong>ainda uma versão da <strong>cena mostrando o órgão sexual de Brando</strong>, porém mais tarde esclareceu: <strong><span style="background-color: #ffd966;">"Eu me identifiquei com Brando a tal ponto que cortei a cena com vergonha de mim mesmo. Mostrá-lo nu seria mostrar a mim mesmo nu"</span></strong>.</span> </span></em></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 19pt; margin-bottom: 6pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 19pt; margin-bottom: 6pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica; letter-spacing: 0pt; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-bidi-font-size: 13.0pt;"></span><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: #444444;"><em><span style="font-family: Helvetica; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Helvetica; mso-bidi-font-size: 13.0pt; mso-fareast-font-family: Cambria; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><strong>Bertolucci filmou </strong>ainda uma versão da <strong>cena mostrando o órgão sexual de Brando</strong>, porém mais tarde esclareceu: <strong><span style="background-color: #ffd966;">"Eu me identifiquei com Brando a tal ponto que cortei a cena com vergonha de mim mesmo. Mostrá-lo nu seria mostrar a mim mesmo nu"</span></strong>.</span> </em>]</span></span></div>Thatahttp://www.blogger.com/profile/10469547086871884062noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8656737272393657648.post-1542213448401599472012-04-07T19:45:00.001-07:002012-04-08T11:36:57.578-07:00O valor econômico da pornografia disfarçada<div style="text-align: center;">
<a href="http://todomundotemproblemassexuais.zip.net/"><span style="background-color: #ffd966; color: black;">http://todomundotemproblemassexuais.zip.net/</span></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="color: black;"><span style="background: #ffd966;"> </span><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background: #ffd966;">**Clique no link e leia mais textos!** </span></span></span></span></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: black;">Blog de Pedro Cardoso</span></div>
<br />
<h2 class="MsoNormal" style="text-align: center;">
O VALOR ECONÔMICO DA PORNOGRAFIA DISFARÇADA</h2>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-tab-count: 1;"></span><span style="color: black;">A pornografia declarada, por razões que eu nunca me propus a discutir aqui, tem uma enorme demanda e é, portanto, um grande negócio. Pois bem, a pornografia disfarçada também o é. É preciso falar sobre a sedução que o poder econômico da pornografia disfarçada exerce sobre a classe artística.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: black;">Paga-se mais, contrata-se mais, convida-se mais aqueles que fazem cenas ditas sensuais, no jargão da hipocrisia pornográfica, do que aqueles que não as fazem. <strong>No mercado americano, as atrizes negociam ponto a ponto de seu corpo o valor do cachê</strong>. A nudez tem preço e é muito bem paga. E num mundo cuja organização econômica produz tanta pobreza, quem pode se dar ao luxo de não querer ser rico?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: black;">Quando a pornografia era declarada, não havia como convidar os atores de carreira para nela trabalhar. Isto os ofenderia e macularia as suas biografias. A medida em que a indústria da comunicação em massa foi pervertendo a liberdade de costumes do anos 60, e disfarçando a pornografia de [em] entretenimento ou arte, passou a ser possível convidar atores de carreira para realizá-la. Uma cena, em tudo igual a de um filme ponográfico brando - apenas eventualmente melhor produzida - podia agora de ser representada por atores de carreira porque ela pertencia a uma obra de arte ou a um entretenimento inocente. Os atores de carreira passaram a realizar o trabalho que antes estava legado aos atores pornô. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: black;">(Sinceramente, eu vejo muito pouca diferença entre as cenas da pornografia declarada e da disfarçada. Dizer que há é uma mentira que foi urdida para permitir aos atores de carreira fazer as cenas pornográficas com patética dignidade. <strong>Quem duvidar de mim, peço que assista com atenção aos filmes de pornografia declarada e veja se as situações que encontramos nas novelas de TV e nos filmes - nacionais ou internacionais - não são assustadoramente semelhantes</strong>. Tanto em uma como em outra, <strong>os conflitos são forjados de modo a, invariavelmente, levar um casal para cama</strong>.) </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: black;">Antes, quando a pornografia era declarada, era preciso contratar atores expecializados em pornografia, muitos deles oriundos da prostituição; <strong>hoje, com o disfarce de normalidade que a pornografia assumiu, pode-se chamar atores de carreira, e assim oferecer cenas pornográficas para toda família</strong>. <strong><span style="background-color: #ffe599;">A pornografia usou os atores de carreira para legitimar-se perante o público</span>. Claro que <span style="background-color: #fff2cc;">isto só foi possível porque ela antes se disfarçou de entretenimento ou arte</span></strong>.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"><a name='more'></a><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: black;">Uma vez que os atores de carreira passaram a colaborar com a indústria que explora a pornografia disfarçada (sabendo o que estavam fazendo ou não) eles passaram também a usufruir da riqueza que ela produz. Antes do cinema e da televisão, representar não fazia a fortuna de ninguém. <strong>É o advento da indústria da comunicação em massa, e o seu enorme faturamento, que possibilita aos atores obterem ganhos acima da média das outras profissões. O mesmo aconteceu com os jogadores de futebol, por exemplo. </strong>Quando os jogos não eram televisionados, os jogadores, quando muito, terminavam a carreira donos de um ou dois postos de gasolina. Hoje, com algum talento e sorte, um jovem de 25 anos pode ficar muito rico. <strong>É a entrada do negócio milionário dos meios de comunicação em massa que enriquece os jogadores e os artistas. Este dinheiro poderia ser muito bem vindo, não houvesse ele cobrado aos atores, em muitas situações, que abdicassem de sua autoria. </strong>Este grande dinheiro não é pago para que o ator faça o que quer, mas sim para que ele faça o que é pedido à ele; e <strong>um<span style="background-color: #ffe599;">a exigência sempre presente é participar de cenas, hipocritamente, ditas sensuais</span></strong><span style="background-color: #ffe599;">. </span>Uma colega que estudou no EU foi convidada por um agente americano especializado em jovens atrizes para uma entrevista. Na conversa o homem disse, sem meias palavras, que ela era muito talentosa e que poderia ter uma carreira de sucesso, mas que para isso ela teria que fazer cenas sensuais porque elas são parte do negócio. Isto foi dito sem nenhum constrangimento. Claro, o ambiente cultural oferece a esse homem - e também a atriz que vai ouvi-lo - todos os argumentos necessários para que ele chame a isso arte ou entretenimento, e não pornografia. E pagar-se-á muito bem a quem aceite corroborar com o disfarce dela.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: black;">A indústria da comunicação em massa fez chegar a classe artística uma quantidade de dinheiro que ela nunca havia visto antes, mas <strong>cobrou o preço caríssimo da conivência dela com a pornografia disfarçada e outras anulações de sua autoridade criativa. E ainda fez a mediocridade valer mais do que a excelência. </strong>Fez surgir os <strong>falsos artistas e toda sorte de aventureiros </strong>que da arte se aproximam apenas para habilitarem-se a uma carreira, em cinema ou TV, onde o dinheiro é abundante. <strong>Não há médicos nem engenheiros sem vocação tentando a carreira, mas há multidões de não artistas tentando ser atores, diretores ou roteristas. É o dinheiro que os atrai, não o interesse sincero no fazer da arte</strong>.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;"><span style="font-family: Baskerville; letter-spacing: 1pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Cambria; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>A promessa de uma vida de fartura econômica (além da terrível ameaça de desemprego) exerce grande pressão sobre uma atriz no momento em que ela se submete a uma cena pornográfica. E ela tem a lhe nublar o julgamento, o disfarce de entretenimento ou arte que a pornografia assumiu para redimir a todos nós.</span> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<span id="p" style="color: black;">Escrito por Pedro Cardoso </span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<span style="color: black;">[grifos em negrito e em amarelo - Thata]</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>Thatahttp://www.blogger.com/profile/10469547086871884062noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8656737272393657648.post-43696792927344100132012-04-07T19:26:00.000-07:002012-04-08T11:37:48.796-07:00A POSSIBILIDADE DE A PORNOGRAFIA SE DISFARÇAR E O ADVENTO DO REALISMO<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://todomundotemproblemassexuais.zip.net/"><span style="background-color: #ffd966; color: black;">http://todomundotemproblemassexuais.zip.net/</span></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="color: black;"><span style="background: #ffd966;"> </span><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background: #ffd966;">**Clique no link e leia mais textos!** </span></span></span></span></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: black;">Blog de Pedro Cardoso</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<strong><span style="color: black; font-size: large;">A POSSIBILIDADE DE A PORNOGRAFIA SE DISFARÇAR E O ADVENTO DO REALISMO</span></strong></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-tab-count: 1;"></span><span style="color: black;">Em algum momento, eu disse aqui que havia uma forte relação entre a possiblidade de a pornografia se disfarçar de entretenimento inocente ou arte e o atual predomínio do realismo em áudio-visuais. O assunto é complexo e eu não me sinto habilitado para enfrentá-lo no campo da teoria. Deixo, portanto, apenas a sugestão de um pensamento.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: black;">A ambição do homem ao longo da história tem sido sempre a de reproduzir o mundo real o mais fielmente possível. Assim ele evoluiu da pintura rupreste para video em alta definição. No caminho desta ambição é que a introdução de cenas de intimidade se tornou necessidade narrativa, aparentemente, imprescindível. E de fato, numa tentativa de descrição dos fatos da vida que pretendesse uma identidade absoluta com o real, ela o seria. O que eu não acredito é no realismo ele mesmo. <strong>O real me parece irredutível à arte. </strong>Toda técnica, por mais avançada que seja, nos colocará apenas diante de um simulacro do real, que a ele sempre ficará devendo a efemeridade que o acontecer no tempo impõe a tudo o que passa. <strong>Assistir nunca será o mesmo que viver. Agora, eu admito que certas construções artísticas, principalmente em pintura e filmes, ainda que permanecendo menores que a realidade, provocam em nós uma viva sensação de "estar acontecendo". Mas atribuo isto ainda a um fato poético e não ao que seria uma reprodução do real fidelíssima</strong>. <strong>É algum traço específico do real que o artista percebe, destaca e nos apresenta que provoca em nós uma tão poderosa compreensão do real que chegamos a crer estarmos diante do real ele mesmo. Mas não estamos; temos apenas a sensação. Estamos, sim, diante de uma opinião poética. </strong>No poderoso filme "Private Ryan", de Steven Spilberg, aprendemos algo sobre a realidade de uma batalha mortal, não porque a tenhamos vivido, e sim porque a assistimos. <strong>Vivê-la, certamente, teria sido muito diferente e a consequência em nós teria sido outra</strong>.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a name='more'></a><br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: black;">Assim, mesmo em uma obra que busque aproximar-se o mais possível de uma descrição dos fatos da vida tal qual eles se passam, será ainda <strong>o haver uma compreensão sobre estes fatos</strong> que <strong>provocará em nós o encontro com o real, e não a tentativa de reprodução deles </strong>em seus mínimos detalhes. Muito mais está dito sobre a nossa sexualidade nas imagens granuladas de "Hiroshima Mon Amour", filme de Alan Resnais com texto de Marquerite Duras, do que na plena luz de tantas cenas de sexo dos filmes atuais. Não porque aquelas sejam menos nítidas do que estas (o que seria um argumento meramente moralista), mas porque as imagens dele são a expressão poética, em filme, da compreensão de algo, enquanto que as outras são exdrúxulas tentativas de reprodução do real tal como ele é sem do real terem propriamente nada a dizer.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;"><span style="font-family: Baskerville; letter-spacing: 1pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Cambria; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Aqueles que creem estar inocentemente reproduzindo o real em suas cenas de intimidade, estão, na verdade, disfarçando a pornografia de realismo. A ambição do homem em reproduzir o real, e a arrogância de que ele um dia o poderá conseguir, facilitaram o caminho para instalação da pornografia disfarçada entre nós. </span> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black; font-size: large;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<br />
<span id="p"><span style="color: black;">Escrito por Pedro Cardoso </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="color: black;">[grifos em negrito - Thata]</span><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<h3 style="text-align: center;">
<span style="color: black;">A conceção de Pedro Cardoso sobre o trabalho artístico do ator/atriz:</span></h3>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: #ffd966; color: black;"><a href="http://todomundotemproblemassexuais.zip.net/arch2009-10-04_2009-10-10.html#2009_10-07_23_13_03-5758122-0">http://todomundotemproblemassexuais.zip.net/arch2009-10-04_2009-10-10.html#2009_10-07_23_13_03-5758122-0</a></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-tab-count: 1;"></span><span style="color: black;">O que tenho dito nestes textos parece ser diferente da opinião daqueles que tem o poder de se expressar publicamente. O teatro que eu faço também o é. Desde o primeiro momento, por mero instinto, eu coloquei <strong>o ator no centro do teatro. E este não é o lugar que o ator tem ocupado em nossos dias</strong>. O teatro dominante é aquele que é a expressão dos diretores, onde o ator realiza as idéias de um outro. <strong>E o que digo hoje sobre a presença da pornografia disfarçada e a sua relação com a desautorização do ator, também não é o pensamento dominante, ou melhor dizendo, não é o pensamento daqueles que buscam dominar o pensamento</strong>. Encontro-me, portanto, em relação a eles (apenas a eles!), numa posição marginal.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"><strong>A defender as minhas idéias, eu só tenho os meus argumentos e o meu teatro. Espero que quando os meus argumentos não forem capaz de sensibilizar meus interlocutores, que o meu teatro o seja</strong>. O modo de representar que eu pratico é afim das idéias que eu agora divulgo. É por fazer teatro desse modo, com o ator no centro da cena, que eu repudio todo modo de submissão que se imponha aos atores. E ao por o ator no centro do teatro, coloco também o indivíduo no centro da sociedade. E assim como digo que a autoridade no teatro pertence ao ator, digo que a autoridade na sociedade pertence a pessoa. Cada um de nós é o dono da sua cena. A vida em sociedade não tem, por razão de sua existência, a necessária desautorização da pessoa. Esta desautorização foi uma construção que a imperfeição humana produziu para levar alguns de nós (os mais infelizes, talvez) ao poder. Acredito que a pessoa dona de sua vida, produzirá uma sociedade de muito melhor qualidade do que a atual; assim como do mesmo modo, o ator dono de sua autoria produzirá um teatro (assim como um TV e um cinema) muito mais vigoroso do que este que reina nos nossos dias.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: black;">Este ator será o verdadeiro arauto de sua cultura, e não alto-falante das mensagens manipuladas por aqueles, que por necessidade de poder, dele roubaram a autoridade.</span></div>
<br />
<br />Thatahttp://www.blogger.com/profile/10469547086871884062noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8656737272393657648.post-65230130059132242762012-04-07T18:35:00.002-07:002012-04-08T11:43:34.137-07:00O olhar masculino<span style="color: #666666; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Obs.: "masculino" NÃO significa que todos as pessoas do sexo masculino agem assim. Ainda bem.</span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Arial; font-size: x-small;"></span><br /><br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://wonderwoman-bra.blogspot.com.br/2011/02/o-olhar-masculino.html"><span style="background-color: #ffe599;">http://wonderwoman-bra.blogspot.com.br/2011/02/o-olhar-masculino.html</span></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="color: black;"><span style="background: #ffd966;"> </span><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background: #ffd966;">**Clique no link e leia o texto inteiro!** </span></span></span></span></div>
<br />
<h2 class="post-title entry-title" style="text-align: center;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O olhar masculino</span> </span></h2>
<div style="text-align: center;">
<span class="post-author vcard"><span style="color: #444444;">Por <span class="fn">Wonderwoman</span></span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span class="post-author vcard"><span class="fn"></span></span></div>
<span style="color: black;"><img border="0" closure_uid_62kscu="2" height="159" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLdIBnZn0YNZpEeRTA1IayDAXSOMxen82PolJyiCu4v71vaEeMvDmH_h3lFoMHFN5d8MM6tzOv4bX6IpVzH2ImKmvsOwWp5ouOux8i55YK94u6Wg9QM2e14ZFcAIdIT5DZvrEPP7-Uoi5Q/s200/2216.jpg" width="200" /></span><br />
<span style="color: black;"><br /></span><br />
<span style="color: black;"><br /></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="color: black;">Pensei muito antes de decidir escrever este texto. Achava ser apenas uma besteira qualquer, um acontecimento isolado e pequeno, no meio de tantos envolvendo meu feminismo. Mas percebi que ainda que tenha sido um acontecimento menor ele representava, na verdade, um daqueles tapas na cara do meu feminismo, um daqueles momentos em que o feminismo nos ajuda a perceber o absurdo da situação, mas, por alguma razão, por algum motivo, ficamos paralisadas. A partir dele, comecei a ver certas coisas de forma diferente.</span><br />
<span lang="PT-BR"><a name='more'></a><br /><span style="color: black;"></span></span></div>
<span lang="PT-BR" style="color: black;"></span><br />
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="color: black;">Nesse mês de janeiro estive em Buenos Aires para algumas aulas do doutorado. E, novidade nenhuma, lá como cá, o comportamento masculino ultrapassa as raias do machismo.</span></div>
</div>
<span style="color: black;">(...) </span><br />
<span style="color: black;"><br /></span><br />
<span style="color: black;">Minha turma era de maioria masculina, já um prato cheio para o comportamento de bando masculino. Até aí, no entanto, consegui levar, afinal já tinha muita coisa pra pensar, livros e textos para ler e tinha amigos entre os membros do grupo. O problema, então, foi outro. Durante uma semana, nas aulas da tarde, havia <strong>um aluno colombiano </strong>(dado que nem é tão relevante assim para a história, acho eu) que não fazia parte anteriormente daquela turma. Como sempre, na minha dislexia das relações sociais, demorei a perceber o comportamento do aluno em questão (e essa demora talvez tenha sido positiva, considerando o incômodo que a situação me trouxe). </span><br />
<span style="color: black;"><br /></span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span lang="PT-BR">Assim, só percebi na quinta-feira que o referido aluno <strong>assistia as aulas virado diretamente para mim, encarando-me quase sem descanso</strong>. (Deve ter achado que eu era a encarnação da Evita, ou qualquer coisa que o valha, porque não era possível aquilo!) A partir do momento em que me dei conta da conduta dele, minha capacidade de me concentrar na aula restou prejudicada. <strong>Qualquer movimento meu era devidamente registrado pelos olhos fixos do colega</strong>. Chegou a sexta-feira, último dia de aula, doida para discutir alguns assuntos com o professor, também meu conselheiro de tese e ... aqueles olhos não paravam de me observar. <strong>Pior ainda, sentado em algum lugar a minha frente na sala de aula, passou a assisti-la praticamente de costas</strong>, virado para a Monalisa aqui. Essa sensação de ser colocada a exposição pelos olhos de alguém, tirou toda e qualquer liberdade que eu poderia ter naquele ambiente. Não conseguia me manifestar – e o professor me questionando sobre o fato de o tema da aula interessar a minha tese e eu nada dizia. <strong>Como dizer qualquer coisa, quando eu mais parecia uma atração de circo observada atentamente pelo olhar do colega</strong></span><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow", sans-serif;"><strong>?</strong></span><span lang="PT-BR"><strong> </strong>Como se qualquer manifestação minha fosse aguardada ansiosamente, para uma reação que não descobri qual era. Sim, porque não conseguia mais nem concentrar-me na aula, quanto mais manifestar-me a respeito – da aula ou do desconforto causado pelo observador.</span></span><br />
<span lang="PT-BR"><br /><span style="color: black;"></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="color: black;">(...) </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span lang="PT-BR">Ainda que eu já tivesse percebido o quanto isso pode ser incomôdo, não havia parado para observar o tamanho do desconforto, o quanto ele muda e determina o comportamento feminino por muitas vezes. Aí eu vi. Quantas vezes uma mulher anda de cabeça baixa, para fugir de encarar quem a encara</span><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow", sans-serif;">?</span><span lang="PT-BR"> Quantas vezes uma mulher muda seu andar, atravessa a rua, sai do caminho, para fugir desse olhar</span><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow", sans-serif;">?</span><span lang="PT-BR"> Quantas não se pronunciam publicamente, em razão da sensação de sempre estarem sendo fixamente observadas</span><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial Narrow", sans-serif;">?</span><span lang="PT-BR"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="color: black;">Parece então que o olhar não é tanta bobagem assim. Não é tão pequeno, nem tão inocente... Vou levantar a cabeça, continuar na mesma calçada e não deixar mais que me calem.</span></div>
<span style="color: black;"><br /></span><br />
<span style="color: black;"><br /></span><br />
<span style="color: black;"><br /></span><br />
<span style="color: black;"><br /></span><br />
<span style="color: black;">Um Comentário Feliz:</span><br />
<span style="color: black;">Lady disse... </span><br />
<span style="color: black;">nunca vou esquecer qdo um homem (desses q tem olhares d caçador p qquer mulher), coemntou o tanto q se sentiu incomodado qdo um gay ficou secando ele numa loja. TOMA!!!! HAAAAA VIU COMO É BOM INFELIZ?????</span>Thatahttp://www.blogger.com/profile/10469547086871884062noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8656737272393657648.post-36614954533429764342012-04-02T23:06:00.001-07:002012-04-08T16:05:40.732-07:00A pornografia é uma questão de esquerda<div style="text-align: center;">
<a href="http://arttemiarktos.wordpress.com/2011/05/15/a-pornografia-e-uma-questao-da-esquerda/"><span style="background: #ffd966;">http://arttemiarktos.wordpress.com/2011/05/15/a-pornografia-e-uma-questao-da-esquerda/</span></a><br />
<div align="center" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="color: black;"><span style="background: #ffd966;"> </span><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background: #ffd966;">**Clique no link e leia o texto inteiro!** </span></span></span></span></div>
<div align="center" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="center" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">Gail Dines e Robert Jensen</span><br />
<span style="color: black;"><em>Tradução Arttemia Arktos [vide link acima]</em></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">(...) Sempre pareceu-nos estranho que muitos da esquerda de forma consistente, se recusam a se envolver em uma crítica sustentada e ponderada da pornografia. Tudo isso é particularmente desastroso num momento em que a esquerda está se debatendo para encontrar adesão por parte do público, <em>uma critica da pornografia baseada em uma análise feminista radical de esquerda que se contraponha aos direitistas moralistas, poderia ser parte de uma estratégia de organização eficaz.</em></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<strong><span style="color: black;">Análise da mídia pela esquerda</span></strong></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><em>Esquerdistas examinam a mídia como um local onde a classe dominante cria e impõe definições e explicações do mundo.</em> Sabemos que notícias não são neutras. (...)</span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">A crítica feminista da pornografia é consistente com – e, para muitos de nós, se origina de – uma análise amplamente aceita na esquerda, da ideologia hegemônica dos meios de comunicação, <em>levando à observação de que a pornografia está para o patriarcado assim como os comerciais de tv para o capitalismo.</em> No entanto, quando a pornografia é o tema, muitos na esquerda parecem esquecer-se da teoria de Gramsci da hegemonia e aceitar o argumento de auto-defesa do pornógrafo de que a pornografia é mera fantasia. (...)</span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">Por que tantos na esquerda parecem assumir que pornógrafos operam num universo diferente do de outros capitalistas? <em>Por que a pornografia seria a única forma de representação produzida e distribuída por empresas que não seria um veículo para legitimar a desigualdade? </em>Por que os pornógrafos seriam os capitalistas rebeldes à procura de subverter o sistema hegemônico?</span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">Por que os pornógrafos são, frequentemente, os únicos com livre acesso na esquerda?</span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><em>Depois de anos enfrentando a hostilidade da esquerda em público e na imprensa, nós acreditamos que a resposta é óbvia</em><strong>: o desejo sexual pode restringir a capacidade das pessoas para a razão crítica – especialmente em homens no patriarcado, onde o sexo não é só prazer, </strong><strong><u>mas sobre o poder</u></strong>.</span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">Esquerdistas – especialmente os homens à esquerda – precisam superar a obsessão com escapismo.</span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">Vamos analisar a pornografia não como sexo, mas como mídia. Onde é que se ligam?</span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<strong><span style="color: black;">A mídia corporativa</span></strong></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">Críticas ao poder corporativo da mídia comercial são onipresentes na esquerda. (...)</span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">No entanto, ao discutir a pornografia, esta análise voa para fora da janela.</span><br />
<a name='more'></a> Ouvindo muitos na esquerda defendendo a pornografia, poderíamos pensar que o material está sendo feito por artistas batalhadores que incansavelmente trabalham em sótãos só para nos ajudar a compreender os mistérios da sexualidade. Nada poderia estar mais longe da realidade. A indústria da pornografia é apenas isso _uma indústria dominada por empresas de produção de pornografia que criam o material mainstream que corporações lucram distribuindo. (...)</div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">As empresas de produção – a partir de grandes produtores, como Larry Flynt Productions aos pequenos operadores fly-by-night – <em>atuam como corporações no capitalismo, buscando maximizar a sua cota de mercado e o seu lucro. Eles não consideram as necessidades das pessoas ou os efeitos dos seus produtos, mais do que outros capitalistas</em>. <em>Romantizar a pornografia faz tanto sentido quanto romantizar os executivos da Viacom ou da Disney.</em></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">Pornografia incrementa igualmente o lucro das grandes corporações de mídia. Hugh Hefner e Flynt tiveram que lutar par ganhar credibilidade dentro dos salões do capitalismo, mas hoje muitos das corporações lucram com a pornografia através da propriedade de empresas de distribuição a cabo e internet. (...)</span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<em><span style="color: black;">Como a esquerda se sente acerca de empresas corporativas? Queremos executivos ávidos por lucros corporativos construindo a nossa cultura?</span></em></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<strong><span style="color: black;">Mercantilização</span></strong></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">Há muito que se compreendeu que um dos aspectos mais insidiosos do capitalismo é a mercantilização da tudo. Não há nada que não possa ser vendido no jogo capitalista de acumulação infinita.</span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<em><span style="color: black;">Na pornografia os riscos são ainda maiores, o que está a ser mercantilizado é crucial para nosso sentido de self. Qualquer que seja a sexualidade ou pontos de vista sobre a sexualidade, praticamente todos concordam que é um aspecto importante da nossa identidade. Na pornografia e na indústria do sexo em geral, a sexualidade é mais um produto para ser embalado e vendido.</span></em></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">Quando essas preocupações são levantadas, os esquerdistas pró-pornografia, muitas vezes correm para explicar que as mulheres da pornografia escolheram esse trabalho. Embora <em>qualquer discussão sobre a escolha deva levar em consideração as condições em que se escolhe</em>, não contestamos que as mulheres escolhem, e como feministas respeitamos a escolha e tentamos compreendê-la.</span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">Mas, no melhor de nosso entendimento, ninguém na esquerda defende a mídia capitalista – ou qualquer outra empresa capitalista -apontando <em>os trabalhadores como tendo consentido em fazer o seu trabalho. </em>As pessoas que participam da produção de conteúdo de mídia ou qualquer outro produto, consentem em trabalhar em tais empresas. E daí? <em>A crítica não é sobre os trabalhadores, mas sobre os proprietários e estrutura. </em></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">Olhe para a maior estrela da indústria Jenna Jameson, que parece controlar a sua vida empresarial. No entanto, em seu livro, ela relata que foi estuprada na adolescência e descreve as maneiras pelas quais os homens que passavam por sua vida a cafetinavam. Seu desespero por dinheiro também vem à tona quando ela tentava conseguir um emprego como stripper, mas parecia muito jovem _ela entrou num banheiro e tirou o aparelho dos dentes com um alicate. Ela também descreve o abuso de drogas e lamenta os muitos amigos na indústria que perdeu para as drogas. E esta é a mulher que se diz a mais poderosa da indústria.</span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<em><span style="color: black;">Entendemos que numa análise da esquerda, o foco não está nas decisões individuais sobre como sobreviver em um sistema que transforma tudo em mercadoria e retira-nos oportunidades significativas para controlar nossas vidas. É sobre a luta contra um sistema.</span></em></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<strong><span style="color: black;">Racismo</span></strong></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">Como as formas mais gritantes e repelentes de racismo desapareceram da mídia, <em>a esquerda tem salientado que as formas sutis sustentam o racismo, e que sua constante reprodução através da mídia é um problema. Raça importa e representações raciais da mídia, importam.</em></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><em>A pornografia é o único gênero de mídia em que o racismo declarado é aceitável. </em>Não é racismo sutil, codificado, mas o antiquado racismo americano _<em>representações estereotipadas do garanhão negro do sexo masculino, a animalesca mulher negra, a latina quente, a gueixa asiática recatada. </em>Fornecedores de pornografia tem uma categoria especial, “inter-racial”, que permite aos consumidores exercer várias combinações de características raciais e cenários racistas.</span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">(...)</span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">Num tour por lojas de material pornográfico fica claro que justiça racial não é central para a indústria. É típica a declaração em filmes do tipo “Black Attack Gang Bang”: “Minha missão é encontrar lindas bonequinhas brancas para serem metidas com força por alguns grandes e duros paus negros .” Seria interessante ver esquerdistas pró-pornografia argumentando para um público não-branco que estes filmes não estão relacionados com a política de raça e supremacia branca.</span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><em>O mercado de produtores como Vivid utilizam principalmente mulheres brancas, o rosto oficial da pornografia é predominantemente branco</em>. No entanto, paralelamente a este gênero existe <em>um material mais agressivo em que as mulheres negras aparecem com mais freqüência.</em> Como uma mulher negra na indústria nos disse: “Este é um negócio racista”, de como ela é tratada pelos produtores no dia-a-dia recebendo pagamento diferenciado nas negociações que ela tem no set.</span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<strong><span style="color: black;">Sexismo</span></strong></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">O mercado de massa contemporâneo da pornografia heterossexual _ a maior parte de mercado de material sexualmente explícito _ é um local onde um significado particular de sexo e gênero é criado e distribuído. <em>A mensagem central da pornografia não é difícil de discernir: mulheres existem para o prazer sexual dos homens, de qualquer forma que os homens quiserem o prazer, não importando as conseqüências para as mulheres. Não se trata apenas das mulheres existirem para o sexo, mas elas existem para o sexo que os homens querem.</em></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">Apesar de ingênuas (ou falsas) as alegações sobre a pornografia como um veículo para a liberação sexual das mulheres, a maior parte da pornografia de massa é extremamente sexista. <em>A partir da linguagem ofensiva usada para descrever as mulheres, do papel subordinado, à própria prática dos atos sexuais _pornografia é implacavelmente misógina. Como a indústria “amadurece” o mais popular gênero desses filmes _chamado “gonzo”, continua a empurrar os limites da degradação e crueldade para com as mulheres.</em> Diretores reconhecem que não tem certeza até onde isso vai chegar a partir do nível atual.</span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">(...) Tire todos os vídeos em que uma mulher é chamada de vadia, puta, piranha ou prostituta, e as prateleiras estariam quase vazias. Tire todos os DVDs em que uma mulher se torna o alvo do desprezo de um homem e não sobraria muito com o que sair. <em>Mercado de massa da pornografia não celebra as mulheres e sua sexualidade, mas manifesta o desprezo pelas mulheres e celebra o ponto de vista de expressar sexualmente esse desprezo.</em></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">Os de esquerda, normalmente rejeitam as análises biológicas deterministas para a desigualdade. Mas a história do sexo na pornografia é a história do determinismo biológico. <em>O tema principal da pornografia é que as mulheres são diferentes dos homens e gostam de dor, humilhação, degradação, pois elas não merecem a mesma humanidade que os homens porque elas são um tipo diferente de seres. Na pornografia, não é apenas que elas queiram ser fodidas de modo degradante, mas que elas necessitam.</em></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<em><span style="color: black;">Pornografia em última análise, conta historias sobre o lugar que pertence ás mulheres _abaixo dos homens.</span></em></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><em>A maioria da esquerda critica o patriarcado e rejeita o sistema de dominação masculina. Sexo é uma das arenas dessa luta contra a dominação e, portanto, uma arena de luta ideológica.</em> Coloque a percepção da mídia junto com argumentos feministas sobre a igualdade sexual, e você terá um argumento antipornografia.</span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<strong><span style="color: black;">A necessidade de uma análise consistente do poder</span></strong></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">Esquerdistas que de outra forma se orgulham dos sistemas de análise de estruturas do poder, se transformam em individualistas libertários extremistas quando o assunto é pornografia<em>. O sofisticado pensamento crítico que subjaz a melhor das políticas da esquerda </em>pode dar lugar a uma análise simplista, politicamente ingênua e diversionista que deixa a esquerda brincando de cheerleader para uma indústria exploradora. Nestes termos, não devemos analisar a ideologia da cultura e de como ela molda as percepções das pessoas sobre suas escolhas, e devemos ignorar as condições em que as pessoas vivem, pois tudo diz respeito a escolhas individuais.</span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">Uma crítica da pornografia não implica que a liberdade enraizada na capacidade do indivíduo de escolher não é importante, mas argumenta ao contrário, que estas questões não podem ser reduzidas a esse momento de escolha de um indivíduo. <em>Em vez disso, temos que perguntar: O que é liberdade significativa dentro de um sistema capitalista que é racista e sexista?</em></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><br /></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<em><span style="color: black;">Esquerdistas têm sempre desafiado a argumentação dos poderosos de que a liberdade consiste em aceitar um lugar em uma hierarquia. As feministas têm destacado que um dos sistemas de poder que nos constrange é o gênero.</span></em></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;">(...)</span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #444444;"><span style="background: #ffffff;">Gail Dines is a professor of American Studies at Wheelock College in Boston. She can be reached at <a href="mailto:gdines@wheelock.edu">gdines@wheelock.edu</a>.</span></span><span style="color: navy;"><br /></span><span style="color: #444444;"><span style="background: #ffffff;">Robert Jensen is a professor of journalism at the University of Texas at Austin. He can be reached at <a href="mailto:rjensen@uts.cc.utexas.edu">rjensen@uts.cc.utexas.edu</a>.</span></span><span style="color: navy;"><br /></span><span style="color: #444444;"><span style="background: #ffffff;">They are co-authors with Ann Russo of Pornography: The Production and Consumption of Inequality. Both also are members of the interim organizing committee of the National Feminist Antipornography Movement. </span></span><span style="color: navy;"><br /></span><span style="color: #444444;"><span style="background: #ffffff;">For more information, contact <a href="mailto:feministantipornographymovement@yahoo.com">feministantipornographymovement@yahoo.com</a> </span></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #444444;"><span style="background: #ffffff;">or go to <a href="http://feministantipornographymovement.org/">http://feministantipornographymovement.org/</a></span></span></div>
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #444444;"><span style="background: #ffffff;">In <a href="http://www.hustlingtheleft.com/CRAPP_E_LIB/leftissue.html">http://www.hustlingtheleft.com/CRAPP_E_LIB/leftissue.html</a></span></span></div>
<div align="center" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="center" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
</div>Thatahttp://www.blogger.com/profile/10469547086871884062noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8656737272393657648.post-43941652945745529362012-03-27T00:24:00.011-07:002012-04-03T00:18:06.800-07:00O que um estupro NÃO é<div class="post_header" id="post-32447" style="text-align: center;"><span style="background-color: #20124d; color: yellow; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong><div class="post_header" style="text-align: center;"><span style="color: black;"><span style="background-color: white;">De <em>Natasha Avital </em></span></span></div><div class="post_header" style="text-align: center;"><em><span style="background-color: white; color: black;"></span></em> </div></strong></span><br />
<div class="post_header" style="text-align: center;"><span style="background-color: #ffd966; font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><u><a href="http://bulevoador.com.br/2012/01/32447/">http://bulevoador.com.br/2012/01/32447/</a></u></span></div></div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;"><span style="color: black;"><span style="background: #ffd966;"> </span><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background: #ffd966;">**Clique no link e leia o texto inteiro!** </span></span></span></span></div><br />
</div><div class="post_header" style="text-align: center;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div class="post_header" style="text-align: center;"><strong><span style="color: black;">ESTUPRO NÃO É COMETIDO SÓ POR ESTRANHOS. ESTUPRO NÃO OCORRE SÓ QUANDO A VÍTIMA ESTÁ ACORDADA. ESTUPRO NÃO ACONTECE SÓ QUANDO HÁ PENETRAÇÃO.</span></strong></div><div class="post_header"><strong></strong><span style="color: black;">(...) </span></div><div align="justify" style="text-align: center;"><strong><span style="color: black;">ESTUPRO NÃO É SEXO </span></strong></div><div align="justify"><span style="color: black;"> (...) Não existe ”sexo” do qual apenas uma pessoa participa! Se uma das partes está deixando claro que não quer estar ali ou, pior, não está sequer em condições de dizer se quer estar ali ou não, ninguém está ”fazendo sexo”. Uma pessoa está usando um corpo, e a outra está tendo o corpo usado. Uma das pessoas está cometendo uma violência e a outra está sofrendo uma violência. (...)</span></div><span style="color: black;"><br />
</span><br />
<div align="justify" style="text-align: center;"><strong><span style="color: black;">ESTUPRO NÃO É IGUAL A FURTO </span></strong></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"> (...) cabe perguntar se a pessoa em questão considera que “vacilo” da vítima também poderia ser usado como atenuante caso tivesse ocorrido, em lugar de uma violência sexual, a remoção de um rim, uma perna ou um pênis. </span></div><span style="color: black;"><br />
</span><div align="justify" style="text-align: center;"><strong><span style="color: black;">ESTUPRO NÃO É UM CRIME CAUSADO PELA VÍTIMA </span></strong></div><div align="justify" style="text-align: justify;"><span style="color: black;"> Quando se tem uma pessoa PRATICANDO uma ação e outra SOFRENDO esta ação, o caminho lógico para avaliar os motivos desta ocorrência deveria ser se concentrar na pessoa que pratica o ato. No entanto, discussões sobre estupro parecem sempre se focar na vítima, no que a pessoa estuprada fez ou deixou de fazer para que o estupro ocorresse. (...)</span></div><div align="justify" style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div align="justify" style="text-align: center;"><strong><span style="color: black;">O ESTUPRO NÃO É CULPA DA MULHER SÓ PORQUE…</span></strong></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"> (...) Respeito passa a ser um privilégio dado às mulheres que “merecem” e não uma obrigação de todas as pessoas que com elas convivem. (...)</span></div><span style="color: black;"><br />
</span><div align="justify" style="text-align: center;"><strong><span style="color: black;">O ESTUPRO NÃO É CAUSADO PELA “SENSUALIDADE” DA MULHER</span></strong></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"> (...) Lição básica de lógica nº 1: não dá pra vender a idéia de que a “sensualidade” é uma forma de poder (quem nunca viu aqueles comerciais em que uma mulher passa na rua enquanto todos os homens em volta a encaram como se ela fosse um pedaço de carne, e isso faz com que ela se sinta altamente confiante?) se a gente vai unir esforços pra fazer com que, na prática, quanto mais “sensual” a mulher é, menos poder ela vai ter de decidir onde, como e com quem ela faz sexo. Não dá pra bombardear a mulher desde sempre com mensagens de que o seu valor depende de quantos homens querem dormir com ela, não dá pra dizer “Provoque!” com cada calçado, peça de roupa e reportagem em revista feminina, e depois justificar uma violência com um “Você provocou”. Não dá pra pressionar mulheres a usar roupas que destaquem suas características consideradas “sensuais”, e depois culpar essas mesmas roupas se ela for atacada.</span></div><span style="color: black;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><strong>Lição básica de lógica nº 2: o que uma mulher veste e o que ela faz são responsabilidade dela. As reações de um homem ao que uma mulher veste e ao que ela faz são responsabilidade DELE.</strong> </span></div><div align="justify" style="text-align: center;"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div align="justify" style="text-align: center;"><strong><span style="color: black;">O ESTUPRO NÃO É CAUSADO PELA VONTADE DA MULHER DE FAZER SEXO</span></strong></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"> (...) ningúem sai de casa procurando sofrer uma violência. Talvez a mulher estivesse sim procurando sexo, sexo selvagem, sexo com múltiplos parceiros e parceiras, sexo sadomasoquista, sexo com completos desconhecidos. Sexo, não estupro.</span></div><span style="color: black;"><br />
</span><div align="justify" style="text-align: center;"><strong><span style="color: black;">O ESTUPRO NÃO É CAUSADO PELO DESEJO INCONTROLÁVEL DO ESTUPRADOR</span></strong></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"> (...) Se o tal desejo masculino é realmente tão irrefreável, o número de mulheres atacadas em lugares iluminados e cheios de gente, onde o agressor pode facilmente ser identificado e contido, deveria ser bem maior, não? (...)</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"> Na boa? “Ela provocou” não passa de um eufemismo pra dizer que o homem estuprou porque “deu vontade”. Pouco importa o tamanho da saia da mulher, o quanto ela flertou com ele antes ou o nível das carícias que estavam rolando antes dela decidir parar. Pouco importa se ela disse com todas as letras que queria transar e depois disse que não queria mais. <strong>Não estuprar é sempre uma opção </strong></span></div><span style="color: black;"><br />
</span><div style="text-align: center;"><strong></strong><strong><span style="color: black;"> O ESTUPRO NÃO É CAUSADO PELA INCONSCIÊNCIA FEMININA. O ESTUPRO NÃO É CAUSADO PORQUE A MULHER “NÃO REAGIU” </span></strong></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"> Lembra aquele papo sobre as ações de um homem serem responsabilidade DELE? Pois é, continua valendo e ele tem uma consequência surpreendente: se uma mulher está deitada inconsciente e um homem está usando o corpo dela, a responsabilidade é do homem praticando a ação, e não da mulher deitada e inconsciente. É ele que está infringindo o dever de não estuprar, e não ela que está infringindo o “dever de interromper o estupro”. Se uma mulher não pode dormir sem que isso seja visto como permissão para o estupro, existe alguma ação feminina que alguém não possa racionalizar em algum nível como um “convite”? (...)<strong></strong></span></div><span style="color: black;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"> Vamos imaginar que um homem heterossexual hipotético (vamos chamá-lo de Sr. HT) não deseja fazer sexo com outros homens. Tudo o que o Sr. HT precisa fazer é não tentar fazer sexo com outros homens. (...)</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"> Se o Sr. HT beber demais na balada e desmaiar no banheiro, todos vão ficar chocados se ele for estuprado. Se o Sr. HT apagar no sofá durante uma festa da faculdade, ninguém vai culpá-lo se ele for estuprado. Se o Sr. HT apagar em uma cama em uma casa vigiada 24 horas por câmeras enquanto participa de um programa de televisão, e outro homem o ”acariciar” durante a noite inteira sem que ninguém faça nada, a internet não vai pulular com mensagens a respeito de como ele “fez por merecer”.</span></div><div align="justify"><span style="color: black;"> Pra mulher heterossexual, as coisas não são tão simples assim. Ela pode não estar fazendo absolutamente nada que indique alguma disposição para o sexo, e mesmo assim ser considerada sexualmente disponível porque é mulher. Um homem de jeans e camiseta em uma festa de faculdade não está “sinalizando” nada além de seu desejo de participar de uma festa de faculdade. Uma mulher de jeans e camiseta em uma festa de faculdade está “sinalizando” uma disposição para ser assediada sexalmente até prova em contrário. Daí a atitude, infelizmente ainda tão comum, principalmente em festas e baladas, de homens que se sentem no “direito” de beijar uma mulher sem permissão, de passar a mão, segurar o braço, puxar o cabelo, imobilizar, cercar a mulher com amigos e pressionar por um beijo, etc. <strong>Como se, só por estar em público ou por estar em um ambiente onde geralmente se paquera, ela tenha aberto mão do direito de escolher quem pode encostar no seu corpo, como e quando.</strong></span></div><div align="justify"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div style="text-align: center;"><strong><em><span style="background-color: white; color: #666666;">[GENIAL GENIAL GENIAL!]</span></em></strong></div><div align="justify"><span style="color: black;"> Momento para analogia-surpreendentemente-adequada-com-crime-contra-o-patrimônio-nº3: da próxima vez que você <strong>tiver sede na balada, pegue o drinque da pessoa mais próxima</strong>. Se ela reclamar, diga que ela não precisa ficar histérica, todo mundo tá ali pra beber, <strong>se ela não quer que bebam com ela devia ter ficado em casa</strong>, e se ela está com um copo de bebida na mão, <strong>não pode reclamar se alguém tiver sede e quiser aproveitar</strong>. Fez sentido? Pois é. <strong><span style="background-color: #ffe599;">Tem algo de seriamente errado quando se espera mais respeito pelo drinque de uma mulher do que pelo corpo dela.</span></strong></span></div><div align="justify"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div align="justify" style="text-align: center;"><strong><span style="color: black;">O ESTUPRO NÃO É CAUSADO PORQUE A MULHER “NÃO SE PREVENIU” </span></strong></div><div align="justify"><span style="color: black;"> Afinal, se o mundo diz que há uma série de situações nas quais você não deveria demonstrar indignação, ou mesmo surpresa, ao ser estuprada, ele só pode estar esperando que você aja como se todo desconhecido fosse um estuprador em potencial e toda ação sua possa ser interpretada como uma “disposição para ser estuprada”.</span></div><div align="justify"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div align="justify"><span style="color: black;">Pois faça o <strong><span style="background-color: #ffe599;">TESTE</span></strong>: </span></div><div align="justify"><span style="color: black;">- da próxima vez que sair com seus amigos, avise que não vai beber porque não quer correr o risco de “apagar” e ser estuprada. </span></div><div align="justify"><span style="color: black;">- Da próxima vez que aquele seu colega do trabalho ou da academia oferecer carona, diga ”Não, obrigado, não conheço você muito bem e pode ser que essa carona resulte em violência sexual da sua parte.” </span></div><div align="justify"><span style="color: black;">- Da próxima vez que a sua amiga mostrar aquele sapato de salto, aquele vestido decotado ou aquele batom vermelhíssimo na vitrine, declare com a cara mais séria do mundo ”Acho que isso transmitiria a idéia de que eu estou sexualmente disponível pra qualquer homem que me desejar, e eu não quero ser responsável por causar um estupro, então vou comprar algo mais discreto”. </span></div><div align="justify"><span style="color: black;">- Quando estiver saindo com um homem, se recuse a acompanhá-lo até sua casa, viajar junto ou ficar sozinha no mesmo carro. <strong>Aja como se o estupro fosse a parte inevitável da existência que os defensores de estuprador parecem pensar que é</strong>. </span></div><div align="justify"><span style="color: black;"><br />
</span></div><div align="justify"><span style="color: black;"> Quem sair dessa com a vida social intacta e sem uma reputação de “paranóica odiadora de homens” precisa ser estudada pela ciência, pois vive em um meio social completamente diferente de qualquer coisa com a qual estamos acostumados.</span></div><div align="justify"><span style="color: black;"> O que acontece aqui é a <strong>mesma postura esquizofrênica que acontece com a “sensualidade”</strong>: toda mulher é bombardeada desde sempre com a idéia de que negar atenção a um homem é uma das maiores grosserias que ela pode cometer. A mulher que não reage a uma cantada, a um flerte ou mesmo a uma tentativa de um completo desconhecido de entabular uma conversa é “orgulhosa”, “frígida” e “não sabe se divertir”. A mulher que deixa claro que o comportamento do patrão, do colega ou do professor a deixa desconfortável leva tudo muito a sério, é um fruto da “ditadura do politicamente correto” e mostra que “hoje em dia não se pode mais brincar”. A mulher que ousa cogitar a idéia de que um homem possa ser um possível risco a sua segurança é paranóica, preconceituosa e insensível.</span></div><div align="justify"><span style="color: black;">(...)</span></div><div align="justify"><span style="color: black;"> <strong>É impossível culpar uma mulher por “não ter feito nada” pra prevenir ou interromper um estupro quando ela passou a vida inteira ouvindo que TODAS as outras violações da sua vontade e do seu corpo são normais e esperadas e “nada demais”. É impossível culpar uma mulher por “não se prevenir” quando qualquer manifestação de receio da parte dela é ridicularizada como paranóia e tomada como ofensa pessoal pelos homens ao seu redor.</strong></span></div><div align="justify"><span style="color: black;"><br />
</span></div>Thatahttp://www.blogger.com/profile/10469547086871884062noreply@blogger.com