sábado, 23 de agosto de 2014

Elitismo mascarado mostra as garras: IMS - mais de 100 comentários apagados

Comentário APAGADO do "blog do IMS"

A HISTÓRIA
Eis que uma redatora, Juliana Cunha, publica o seguinte post:
http://www.blogdoims.com.br/ims/um-pinto-contra-francisco-sa-por-juliana-cunha.

QUANDO acessei o sítio e ESCREVI meu comentário, 
o post já continha - **APÓS APROVAÇÃO PRÉVIA** - **mais de CEM** comentários, muitos acrescentando camadas e camadas de conteúdo crítico, ausente/negativo na formulação da autora
(e, por consequência, do "blog" - que é parte de uma grande empresa, uma corporação, na verdade).

Dias depois, surpreendi-me ao acessar o post e me deparar com os comentários APAGADOS. SEM QUALQUER JUSTIFICATIVA, COMO SE NUNCA HOUVESSEM SIDO PUBLICADOS.
Só ficou o post original reproduzindo conteúdo discriminatório em relação a classe, raça e gênero.


Então, agora, publico aqui
meu comentário que foi APAGADO, após ter sido aprovado -
apagamento que demonstra a postura do Instituto:
autoritária, anti-democrática E
DE CONTEÚDO "CRÍTICO" PURAMENTE FORMAL.
Ressalte-se que minha crítica à postura (não à pessoa) da autora concentra-se no comentário; e minha crítica em relação ao "blog do IMS" dirige-se à atitude deliberada autoritária, dentro de um ambiente (anteriormente considerado) de debate democrático. Evidente, tal atitude demonstra a visão política (bem) mais ampla da direção do referido "blog".


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" 'Feminismo branco e de classe média' só se for o seu, sempre andei a pé e usei transporte coletivo a vida toda, fui assediada, ameaçada (por muita sorte, não fui estuprada)  - como todas as mulheres que OUSAM por os pés no espaço público.

Tem de falar com chefe SIM, independente de registrar ou não BO (na delegacia, onde obviamente haverá muito mais desrespeito).

Empresa tem de ser responsabilizada se funcionário comete assédio em horário de trabalho,  quem não viu a questão de classe foi você, autora, que provavelmente não sofre sistematicamente assédio nas ruas por estar 'protegida' dentro de seu automóvel.           

O Portal Geledés - feminismo negro e da classe trabalhadora - posicionou-se de forma bem diferente da sua: http:// www.geledes.org.br/o-dia-em-que-uma-estudante-cansou-de-ser-assediada/.

Autora, sua posição me ENOJA, ao defender assédio sexual - cujo caráter sistemático é um dos pilares da cultura do estupro.

Como se por ser da MINHA classe social, o homem ganhasse o privilégio de violentar impunemente mulheres - e o tom da sua defesa, evidentemente, expande o poder de perpetrar a violência sexual 'justificada' (! -  no seu 'raciocínio' ALIENADO), na prática, contra mulheres de TODAS as classes sociais. 

Ironicamente (em relação ao seu 'raciocínio'), as mais atingidas são justamente as pobres e negras."
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OBSERVAÇÃO:
Na internet, dentro de círculos, já se criaram algumas regras de boa convivência. Destre estas, entra a participação do público - geralmente identificado - em comentários de publicações, os quais, na maior parte das vezes, passam por aprovação prévia mediante análise do conteúdo, ou seja, são comentários moderados (passaram por moderação).
Eu, particularmente, NUNCA VI comentários já moderados serem simplesmente deletados. Ou seja, o Instituto considera "lixo" (jogou fora) a manifestação - maior parte de ótimas argumentações - de seus próprios leitores.